sábado, 27 de dezembro de 2008

Blindagens do real

Chega de blindagens do real. O ser blindado perdeu sua identidade e suas referências. Não há ação social efetiva com seres desvinculados de um cotidiano violento e inseguro.

O primeiro movimento de fuga -sob o manto da "proteção" -foi o realizado pelas elites, já na década de 1980 e mais acentuadamente na década de 1990, deslocando-se para os chamados bairros "alfaviles" e seus similares. Preocupados com a violência, os assaltos e a insegurança pública, esta parcela da sociedade preferiu encastelar-se em suas mansões protegidas por seguranças, cercas elétricas, câmaras etc. Pensaram que a arquitetura do isolamento acabaria com seus problemas. Ledo engano.
A pobreza e a exclusão permaneceram. Pior, em muitos lugares mesmo com todo este aparato de segurança, os casos de assaltos, arrombamentos e invasões de condomínios persistiram. A arquitetura cedeu seu lugar para uma espécie de antropofagia urbana, onde os mais fortes vão comendo os mais fracos.
Outro movimento foi - e está sendo realizado em escala acentuada - o da blindagem dos automóveis isolando os indivíduos, tornando-os um estranho no meio da urbe. Reclusos numa atmosfera de ar condicionado, luxo desigual, blindagem dos vidros, alarmes e seguranças: tudo como uma imagem virtual.
De nada adiantou... de que adianta?
Enquanto estes senhores e blindam e levam seus filhotes de cachorros para "pets" e lá deixam cerca de R$ 1.000,00 por mês para manter este mimo. Nada contra tratar bem os animais domesticados. Lá fora, as crianças pedem o mínimo... Quanto custa uma doação para uma instituição séria que contribui para melhorar a qualidade de vida destas pessoas, dando-lhes cidadania e dignidade?
Lá na ponta, na periferia, muitas associações precisam e pedem ajuda para se manter e tentar tirar da exclusão centenas de crianças e adolescentes da marginalidade. Uma luta dura, séria e geralmente sem recursos. Quanto custa uma criança na escola? Quanto custa tirá-la da marginalidade? Uma ação aqui outra ali, mas é muito pouco.
A elite prefere dizer que isto é problema do Estado... Prefere remeter ao sistema corrompido as mazelas da sociedade.
O Estado já sabemos o que não faz...
Enquanto isto vejo na TV que um trabalhador no Piauí, recebe R$ 5 reais por dia (R$ 200,00 por mês) para derrubar folhas de carnaúba e alimentar um rico negócio lá na outra ponta da escala de produção. Trabalho duro efetuado das 5 horas da madrugada até as 14 horas do dia sob sol ardente. E este trabalho só durará 4 meses, nos outros o trabalhador estará desempregado. R$ 1.000,00 (o valor do gasto no pet-shop) representa o que este trabalhador vai receber durante cinco meses de intenso trabalho debaixo do sol escaldante do Norte.
Os seres blindados da realidade, não sentem as agruras do real, muito menos o sol escaldante do Norte (a não ser em seus espirituosos passeios turísticas de "aventura"). Estes sujeitos blindados são como seres vivendo numa espécie de "second life": preferem viver uma "realidade fabricada". Só se dão conta quanto a violência bate na sua porta. A blindagem não é só no carro, parece já ter chegado no corpo, na alma.
Digamos que cansei sim, cansei da hipocrisia das elites que preferem isolar em "sua realidade" e ignorar a verdade real e não enfrentar o desafio da exclusão e da diminuição da violência.
A culpa é sempre dos outros. Nunca nossa.

publicado em 08/10/2007 - www.partes.com.br

Os assassinos de Wall Street

O escritor português José Saramago - Prêmio Nobel de Literatura de 1998 - em recente entrevista a um jornalista brasileiro (agora aqui com meus carcomidos botões não lembro o nome, mas é funcionário da Globo News) soltou seus verbos contra os especuladores que estão levando milhares de pessoas no mundo todo ao desemprego e desespero.

Concordo plenamente com o letrista de Memorial do Convento. Por conta de uns poucos gananciosos, especuladores, já com os bolsos repletos de dinheiro ganho às custas do sofrimento alheio, estamos sendo chamados a pagar por uma crise que não construímos....
Toma lá dinheiro público para socorrer os assassinos!
Aos mortos, só a cova. Aos que restaram em pé, famélicos, a benevolência estatal.
À sombra mais escura da grave crise da década de 1930, a nova crise de proporções globais deve sagrar-se como a mais profunda na história do capitalismo.
Especula-se, em algumas rodas, se o capitalismo está em seu último grito agonizante. Outros, mais integrados, teimam em afirmar que é uma crise passageira. O tempo dirá... Será o fim do Império americano????
Será o início de uma nova polaridade, e o surgimento de um novo Império? Que cenários possíveis, dentre tantos desenhados? China, outros mundos... especulações.
Algumas velhas histórias - contadas por velhas raposas e repetidas por velhos corvos - voltam na tela, mas quem dá conta da racionalidade individual e a irracionalidade do sistema como um todo... Buscarão os homens novas utopias para continuar vivendo o sonho, a recriação eterna da esperança?
Insaciáveis, insaciáveis estes corvos da humanidade, vampiros letais de uma sociedade sem ética, espetacular. Seja lá de que forma esta crise vai acabar, mas assim como no Brasil, os assassinos de Wall Street continuarão soltos, pirilampos, vampirizando os cofres públicos, se nada acontecer de diferente, é claro!

publicado em 04/08/2008 - www.partes.com.br

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Cultura de Paz e Educação Sustentável é tema de curso do Instituto Ecoar

Correlação entre atitudes de paz e preservação ambiental serão discutidos em último curso do ano do Ecoar
Tanto as questões ambientais quanto as ligadas ao respeito aos seres humanos estão em constante foco pela mídia. Crimes bárbaros, desmatamentos, seqüestros, extinção de espécies são apenas algumas pautas que encontramos diariamente. A correlação entre essas duas necessidades - a preservação do meio ambiente a cultura de paz - é foco do último curso do ano do Ciclo de Cursos do Instituto Ecoar que acontece no próximo dia 7 de novembro. Apresentado pela Educadora ambiental e pedagoga com especialização em administração escolar Débora de Lima Teixeira, acontece na sede do Instituto, na Rua Rego Freitas nº 454, 2º andar, na Vila Buarque.

Apresentadora

Débora de Lima Teixeira - Pedagoga pela Faculdade de Educação da USP, com especialização em Administração Escolar. Técnica em projetos de educação para sustentabilidade.

Serviço
Ciclo de Cursos do Instituto Ecoar
Meio Ambiente e Cultura de Paz
Data: 7 de Novembro
Horário: 9h às 18h
Local: Instituto Ecoar - Rua Rego Freitas 454, 2º andar, Vila Buarque (SP).
Investimento: sob consulta, desconto para grupos estudantes e professores.
Contato: (11) 3129-5765
E-mail: fale@ecoar.org.br

SP fiscaliza indústrias para banir amianto

Secretaria da Saúde

(11) 3066-8701/8702/8708

Durante todo o mês de novembro, técnicos da Secretaria de Estado da Saúde realizam inspeções em cerca de 40 empresas no Estado para verificar se ainda há utilização do amianto na linha de produção. O uso deste tipo de matéria-prima está proibido em todo o Estado de São Paulo em respeito à Lei 12.684, de 26 de julho de 2007.

A empresa que for flagrada usando amianto terá 60 dias para substituir a matéria-prima. Quem não cumprir a determinação poderá ter a fábrica interditada. A inspeção é realizada pelo Centro de Vigilância Sanitária em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego e os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador regionais.

Saiba mais

http://www.saopaulo.sp.gov.br/sis/lenoticia.php?id=100189

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Ricino?

estão promtendo biodiesel a partir de óleo de rícino (poderoso laxante). Será possível?


Três empresas (todas israelenses: Ormat, da área de energia; Evogene, de tecnologia agrícola, e Lev Leviev, do ramo imobiliário resolveram se unir para produzir biodiesel a partir de óleo de rícino cultivado inicialmente em campos da Namíbia, na África Ocidental. A nova joint venture tem o nome provisório de Leviev-Evogene Namíbia.



De acordo com Liat Cinamon, executivo da empresa, o óleo de rícino apresenta maior produtividade do que outras matérias-primas do biodiesel, como a soja e a canola; e a planta se comporta bem em solos pobres.

Esperar pra crer e ver.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Lançamos o PUM!

O PUM é um partido revolucionário, devastador, irreverente e coerente com seus princípios norteadores. É um partido fiel aos seus fundamentos. O PUM vem para alastrar seu conteúdo programático para toda a atmosfera planetária. Sim, o PUM é planetário. É um partido que pretende atingir todos os países, portanto, é internacionalista. Trotski sorrirá de alegria, esteja onde estiver, pois o PUM veio para apagar a arrogância daqueles que teimam em ser os parasitas da Revolução!

O PUM é ecológico, transformador e pretende dissipar suas energias pelo planeta de forma universal, limpa e dinâmica. É um partido que vai proteger a reserva da biosfera ajudando na conservação das áreas verdes, no processo de urbanização e expansão urbana, na sustentabilidade do ambiente. Não haverá espaço para reprimidos, nem seremos repressores. Seremos o partido da liberação da energia vital que governa os homens.

Num cenário positivo, o PUM pretende ser a válvula de escape da juventude perdida. Não será necessário mais drogas, basta viver no PUM! No campo do gênero, o PUM pretende ser o partido mais democrático de todos, deve-se fazer respeitar. Homens e mulheres devem exercer seus poderes em igualdade e liberdade. Assim também para todas as minorias que a cada dia deixa de ser minoria.

O PUM segue a máxima marxista de que "tudo se transforma" do que "tudo que é sólido desmancha no ar". É socialista, pluralista, sexista, democrático e humanista em sua essência. O PUM veio para não ficar preso a nenhuma engrenagem. O PUM é liberação da pura energia da população reprimida. Repressores do mundo: "Mene, mene, tekel upharsin" (Teus dias estão contados). Chega de injustiça social.

O PUM vem para exorcizar o fantasma que reprime os políticos nos Congressos, nas Assembléias e liberar as imensas possibilidades de renovação teórica e prática. Seremos uma referência democrática e popular.

O PUM é pela liberdade de imprensa, pela democratização dos meios de comunicação. o PUM é o próprio produto do Canal!

Queremos articular uma rede de militantes que honrem a causa, que literalmente borrem as calças... nos barros, nas lamas.... Fará corpo a corpo com toda a população nos bairros e vilas. Nossa militância não se deixará enganar e estará vigilante contra todo o tipo de manipulação.

Lutaremos contra as fraudes dos institutos de pesquisas que na tentativa de enganar o eleitor vão querer passar um idéia preconceituosa do PUM. Lutaremos contra este golpe tantas vezes já tentado. Nada de estatísticas falsas sobre o PUM!

O partido não quer a Revolução nem pela direita, nem pela esquerda, nem pelos lados. Queremos sair pelo meio! Somos fisiologistas!

À luta companheiros! À luta companheiras! Vamos construir um PUM de verdade! Longa Vida ao Partido da Unidade do Meado!

O Homem Banana

Mulher Moranguinho. Mulher Melão. Mulher Laranja. Mulher Melancia. Mulher Samambaia. Mulher Pêra. Mulher Jiló e uma infinidade de mulheres vegetais e animais. Uma verdadeira salada de fruta inunda a tela da televisão brasileira. Um show de tetas, bundas, celulites e “erotismo vegetal”. É “inaCRÉUditável” como somos submetidos à batida erótica funk em qualquer hora do dia. Os dotes curvilíneos das “pop star” sacodem, balançam os lcds das nossas casas erotizadas pela forma mais incorreta do mundo. Um show de curvas em praias e palcos. Fica tudo extremecido... tudo?

O jovem mata, guarda o corpo e depois vai assistir o “espetáculo” da Mulher Melancia. Refeito da bundagem explícita, volta para esquartejar o corpo singelo da inglesinha aventureira. Olha a carne e prepara o defunto. Um horror. Assim fez o amante de Chuck, o boneco assassino (Charles Lee Ray, que encarna o boneco é no famoso filme uma "homenagem" aos famosos assassinos Charles Manson, Lee Harvey Oswald e James Earl Ray). Assim caminha a humanidade pobre...

Bananas, assim parecemos estar. Homens bananas voltados para assistir um show demência. Um cruel espetáculo carnívoro onde celulites se confundem com o doce sabor do sexo.

O Homem Banana parece aplaudir e mostra-se ávido para participar da salada de frutas. E dane-se Freud que parecia querer encontrar homosexualidade em tudo, Édipo em tudo. O importante para o Homem Banana é o balanço “glúteal” sincopado. Viva a sociedade vegetariana das peras, melancias, melão e outras guloseimas vitaminadas da nossa pobre sociedade do mercado.

Descascadas as bananas, nada sobra.

Não é moral, não é bom costume: coisas arcaicas que sempre arvoram múmias conservadoras. É o desrespeito à mulher, à sua beleza e erotismo. É puro desrespeito aos homens não bananas, aos homens HOMEM.



PS. Adoro comer bananas, principalmente porque me ajuda na luta contra as câimbras...