quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Água de beber...

Meio Ambiente será tema de encontro entre educomunicadores do projeto "Água de Beber" e comunicadores de Caraguatatuba


Os educomunicadores do projeto "Água de Beber, de Comer, de Usar e Conservar...Ciclos Contínuos" vão organizar um encontro no Centro Universitário Unimódulo , no dia 27 de fevereiro, o qual contará com a participação dos jornalistas de Caraguatatuba e região. O grupo de educomunicação vai falar sobre as experiências de produzir reportagens, apresentar trechos de programas de rádio mais marcantes e promover um debate sobre as questões socioambientais. Ao final do evento, será apresentado um vídeo em homenagem aos comunicadores locais.


O trabalho de educomunicação é desenvolvido pelo Projeto Água de Beber desde o início do projeto e proporcionou a participação da comunidade em oficinas específicas de comunicação, onde os alunos aprenderam a produzir programas de rádio, montar um blog e jornal-mural. Nas últimas oficinas, realizadas em janeiro de 2009, a proposta foi também a de conhecer os veículos de comunicação locais, por meio de exercícios de análise crítica da mídia, onde os alunos leram jornais e entrevistaram os comunicadores de Caraguatatuba para conhecer de perto seu trabalho.


Os participantes das oficinas - crianças, donas de casa, aposentados, profissionais liberais, professores, jovens - elaboraram ao longo do projeto aproximadamente 120 programas de rádio, veiculados diariamente na rádio Oceânica AM com o nome "Na Rede do Juqueriquerê". Os temas na maioria das vezes foram escolhidos pelo próprio grupo, e as entrevistas realizadas com associações de moradores, instituições governamentais, órgãos fiscalizadores e muita gente da comunidade de Caraguá. "Meio ambiente, cultura caiçara e a relação da sociedade local com esses temas foram os principais focos de investigação dos repórteres e alunos", afirma a consultora de educomunicação do projeto, Débora Menezes.


Segundo Débora, o olhar da comunidade reflete-se sobre os programas de rádio veiculados até o momento. Os alunos de educomunicação entenderam melhor sobre como a rede de esgoto é importante para o município, e o quanto depende das pessoas, e não só do governo ou da Sabesp, por exemplo, para ser implantada. Descobriram sobre quanto custa levar os resíduos sólidos para um aterro sanitário em outro município, e como é urgente providenciar a coleta seletiva, para diminuir o volume desses resíduos. "Entenderam o que é uma bacia hidrográfica, e qual o significado do rio Juqueriquerê para o equilíbrio socioambiental de nossa região", explica.


Dentro dos objetivos do projeto Água de Beber - onde a comunicação com o viés educacional é prioridade - as práticas educomunicativas realizadas até o momento ajudaram a potencializar ações. "Ao pesquisar e produzir reportagens, os alunos também se sentiram estimulados a planejar e a participar de ações como mutirões de limpeza e de plantio de árvores em localidades da cidade", finaliza Débora

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Notícias de uma separação

Gilberto da Silva

publicado em 03/02/2009


Renato lia tudo que podia e que porventura caisse em suas mãos. Ouvia tudo, estava ligado, antenado nas notícias. Assim era. Assim foi.

Belo dia de Sol e lá estava Renato ouvindo coisas absurdas nos canais de televisão. Meditava. Desconfiava. Ansiava. Tinha em sua vida visto muitas coisas que não gostaria de ter visto. Nem ouvido.... Pensava que as vezes tudo não passava de um processo ilusionário, fantasioso. Tentava abstrair-se, fingir-se de mudo, morto.

Em certas noites os pernilongos e ruídos dos televisores vizinhos não permitiam chegar a um sono reanimador. O corpo cansado. A insônia. Tinha sonhos com atropelamentos, desastres, assassinatos. Pensava estar perdido em becos escuros e sujos. Suas atitudes já não convenciam ninguém e nem se convencia com as atitudes alheias. Talvez uma análise, um psicodrama. Um médico de cabeça. Terapias alternativas, mas o máximo que conseguia era encher a cara de cerveja no Bar do Mané da esquina.

Pensava nas cartas que havia enviado a Renata. "Ah! talvez ela já as tenha jogado fora!" pensava. Sempre imaginou ser a vítima, o culpado: das catástrofes, dos ciúmes, das mentiras e do fracasso. Nunca acretidou que o culpado fosse ele.

Preparou certa noite um dossiê com todos os acontecimentos ocorridos em sua vida conjugal e pensou que nunca haveria um dia em que pudesse gritar: sou feliz! Uma coisa era certa: ele estava aflito. Pode ser que com o tempo ele passaria a encarar tudo com naturalidade, mas hoje isto era impossível. Não acreditava em mais nenhum gesto que o reparasse.

Ficou sem falar com Renata durante muito tempo. Não continha a raiva de saber que ela estava em outro lugar, em festas e bares até altas horas da madrugada. Ela comprava roupas e mais roupas. Queria estar bela, chamar a atenção. E Renato, com seus ciúmes, não acreditava que ela queria seus beijos e abraços. Pensava; "ela deve sonhar com outros personagens que não eu...". Renata devia estar arrependida da relação e ele não conseguia acreditar nesta verdade.

Renato, nos seus raros momentos de lucidez, elaborava reformas em sua casa e em seu comportamento. Mas era necessário uma revolução. Mas que Revolução? Se tudo já não fazia mais sentido em sua alma... Eram dias difíceis para Renato que nem conseguia mais trabalhar direito. Estava péssimo.

Naquele dia Renato não foi trabalhar e ficou em casa ouvindo e vendo as notícias espetaculares da Televisão. Viu o adolescente apaixonado invadir a casa de sua ex-namorada e torná-la refém, prisioneira do seu amor e ódio. Zapeava em todos os canais para ver a cobertura enquanto sua cabeça elaborava seu plano. O seu próprio plano de Revolução!

Queria também a sua vingança. A sua sentença. O seu mandamento final.

Munido com estes pensamentos e crente da sua revolução gloriosa, Renato desceu as escadas que davam ao andar térreo, abriu a porta da sua casa e saiu dando direto ao passeio da rua.



Bordão


"A vida é rir, chorar e viver intensamente."

Oscar Niemeyer em Veja - 11 de abril de 2001 - pag. 66


Resistiré
(M. de la Calva - C. Toro) cantada por La Calva y Toro (duo dinamico )

Cuando pierda todas las partidas
Cuando duerma con la soledad
Cuando se me cierren las salidas
Y la noche no me deje en paz

Cuando sienta miedo del silencio
Cuando cueste mantenerse en pie
Cuando se revelen los recuerdos
Y me pongan contra la pared

Resistiré erguido frente a todo
Me volveré de hierro para endurecer la piel
Y aunque los vientos de la vida soplen fuerte
Soy como el junco que se dobla pero siempre
Sigue en pie

Resistiré
para seguir viviendo
Soportare los golpes
Y jamás me rendiré
Y aunque los sueños
se me rompan en pedazos
Resistiré

Cuando el mundo pierda toda magia
Cuando mi enemigo sea yo
Cuando me apuñale la nostalgia
Y no conozca ni mi voz

Cuando me amenace la locura
Cuando mi moneda salga cruz
Cuando el diablo pase la factura
O sí alguna vez me faltas tú

Resistiré erguido frente a todo
Me volveré de hierro para endurecer la piel
Y aunque los vientos de la vida soplen fuerte
Soy como el junco que se dobla pero siempre
Sigue en pie

Resistiré
para seguir viviendo
Soportare los golpes
Y jamás me rendiré
Y aunque los sueños
se me rompan en pedazos
Resistiré



A música acima está na parte final do filme Átame! (1989) de Pedro Almodóvar. Nessa seqüência Rick (Antonio Banderas) e Lola (Loles Leon) cantam a canção que escutam no rádio do carro em que Lola fora, junto com a irmã, resgatar o personagem de Banderas. Os dois cantam, enquanto Marina (Victoria Abril) se emociona.
Ouça no YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=SU_pPTIBFpU











http://www.partes.com.br/colunistas/gilbertosilva/noticias.asp

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

As mulheres preferem olhar nos olhos dos homens

Certa vez li num jornal que o zoológo Günter Tembrock - na época ele tinha uns 76 anos - um estudioso do comportamento reprodutivo dos animais, que ao fazer sua escolha a fêmea dá preferência ao macho que lhe parecer superior aos demais, característica que poderá garantir o desenvolvimento de seus descendentes. Sendo assim, a fêmea tolera a poligamia de seus companheiros.... A Moral dupla teria assim sua sólida base biológica!????
Na antiguidade, segundo alguns evolucionistas, o sucesso da espécie humana foi o investimento na criação dos descendentes. Portanto, em matéria de seletividade, a fêmea humana era inteligente (pois é: continua até hoje...) permitia apenas a aproximação daqueles que possuíssem bons genes e boa disposição e tato para ter cuidados com seus filhotes. Vai daí as dores de amores...
Ele, o macho, concorria, testava, ela, a fêmea, negava e testava (parece moderno?). Se ele ganhava a sorte grande, e isto ele sempre sonhava, se transformava no reprodutor. Mas desde aqueles tempos já existia dois tipos de homens: o "pai" (o que provia e cuidava) e o "borboleteador" (o que espalhava seus espermatozóides e vazava, caia fora...). Segundo esta teoria o tipo "pai", protótipo de reprodutor ficava com mais fraqueza para o adultério. O perigo da traição enraizou o ciúme masculino. Sendo assim, o homem tende mais para o sexo oportunista, enquanto a fêmea tende ao sexo escolhido, afirmava na entrevistado o zoólogo Tempborck. Belo legado biológico!
Diante destas especulações científicas, o ciúme feminino está mais vinculado ao fator emocional do que às escapadas do reprodutor. Era asssim no inicio da história da Humanidade é assim nos dias atuais!
Os olhos masculinos estão voltados para as regiões médias e inferior das mulheres, as áreas mais quentes, mas sensuais, mais reprodutivas.... ( que o digam os turistas que procuram as "popozudas no Rio de Janeiro). A mulher prefere olhar o homem no rosto e daí com sua inteligência descobrir o DNA em oito segundos... A mulher é rápida no gatilho!
Apesar do "olho no olho" ser a preferência das fêmeas elas não se dão por contente com isto apenas. Para as fêmeas não basta olhar o parceiro, a excitação vem com o contato físico. Bem, os machos também são estimulados por sinais visuais que o digam os que preferem peitos redondos e grandes por parecem nádegas!
Esses zoólogos! Os homens parecem sempre não querer uma mulher mais toda a espécie feminina... O acoplamento total!
Já as mulheres preferem uma minoria, dá mais atenção ao conteúdo do produto e não na quantidade, exceto é claro em se tratando de consumo no mundo das compras, onde o desejo de consumir estrapola qualquer olhar.
Bem sendo assim, a mulher prefere olhar nos olhos dos homens e nas prateleiras das lojas e os homens tem lá outros fetiches....

Visitando os amigos no inferno

De uns tempos para cá passei a visitar amigos, colegas e companheiros de longa jornada, depois de um certo tempo de distanciamento e isolamento devido à imersão ao mundo do trabalho, mudanças geográficas e nova constituição familiar.

Durante este início de visitação comecei a observar algumas coisas interessantes, algumas já tinham passado pela minha cabeça, mas não tinha parado para pensar nestas questões.
A TV, a internet e todo o aparato tecnológico virtual afastou as pessoas do convívio, da prática do receber, da conversa olho no olho. Distantes, as pessoas entram em imersão acelerada, sem rumo, direto ao isolamento do corpo, enquanto sua alma vagueia pelas ondas etéreas. Pessoas que perderam o hábito de receber pessoas, tal o grau de isolamento no seu lar e no umbigo da própria família.
Bom, iniciei este processo de visitação crente que o inferno é aqui e que não está em outro lugar imaginário, em sonhos acordados. O paraíso é o lugar dos que sobrevivem a este inferno. E para chegar a este paraíso, talvez bastará uma boa dose de tolerância, honestidade e amor (em todos os sentido da palavra /amor/).
Diante destas observações passei a procurar e conversar com estes amigos. Pode ser uma tentativa de ir pagando os pecados, fazendo meu caminho para o paraíso. Voltei a apreciar um bom cafezinho quente servido em bandejas de todos os tipos ou tomados numa mesa posta com gentileza.
Quantos livros nas estantes revelando o perfil das pessoas!! Quantos CDs e DVDs ilustrando gostos, fantasias e paixões! Procuro não chegar na hora do almoço, pois tal atividade hoje é um incomodo para as mulheres e muitos homens nem se dignam a fritar um bife (ainda que meio ambientalistas eu não larguei o hábito de degustar um bom bife!). Por outro lado, as famílias pós-modernas preferem as cozinhas dos restaurantes, dos fast-food e dos bares. Cozinhar virou um transtorno... Também prefiro não ficar para o jantar, antevejo uma pizza repleta de óleo brilhando na mesa dizendo: vai logo embora, cara....
Procuro ser rápido, sinto que depois de alguns minutos os assuntos já se esgotaram, principalmente se sou convidado a assistir algum programa na televisão (neste caso, prefiro ver lixo em casa: lá eu reciclo da minha maneira)
Lembro-me bem da minha infância e os meus pais recebendo visitas sempre com um bule chamegando café "fresquinho" e uns bolinhos de fubá na mesa...
Quando questionado porque minha esposa não está na visita, digo que meu casamento não é siamês e que meus amigos não são necessariamente amigos da minha esposa e vice-versa. Digo isto de forma serena, tento ser delicado para não melindrar as esposas preocupadas com a visita de um amigo "solteiro". e não há submissão nisto: "a submissão é hipócrita" versa o biólogo Maturana.
E por falar nestas questões, deixarei para visitar minhas amigas em outra ocasião, dado a complexidade que é visitar mulheres. As casadas serão mais complicadas: como explicar aos maridos que a visita é apenas um amigo? Sempre ficará um questionamento na cabeça do sujeito. "Será que este cara já saiu com minha mulher? Está saindo? Pretende sair?"
Quando começarei a visitar amigas solteiras? Bem isto é mais complicado.... e outra história.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Vou abrir um Instituto!

Parece modismo, mas é! A onda atual é abrir Instituto para tudo. Os jogadores de futebol abrem institutos. O ex-presidente da República FHC montou o seu - e um incêndio quase destruiu tudo. A prefeita Marta está montando o dela. Todo mundo monta. Parece cavalo.
Existe instituto para todos os gostos, para todas as classes. Eu acho (me falaram, creio que é mentira etc) que o Carlos Lessa ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai criar um Instituto para deixar claro que discorda da linha política do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (Que assim que sair do BC vai abrir um Instituto sobre mercado financeiro).

O nosso querido presidente Lula, que segundo Lessa está sendo enganado pela elite nacional e internacional, já tem um Instituto, mas já falam que assim que ele deixar a presidência, vai criar outro para dar visibilidade para as suas políticas públicas.

Os sindicatos montam Instituto, as centrais sindicais montam Instituto. Os empresários para defenderem seus interesses criam os seus maravilhosos INSTITUTOS. Os aposentados criaram o seu e dependem financeiramente de um que nem sempre funciona.

As universidades públicas para ganhar um dinheirinho fundam institutos. Outros e outras para lavar um dinheirinho, bem legalzinho montam perfeitos institutos! Não são todos farinhas do mesmo saco. Há Institutos sérios e honrados que fazem um ótimo trabalho e merecem aplausos e muito apoio.

Para ser hipermoderno, ser participativo, estar antenado com as revoluções hipermodernas globalizadas é preciso ter Instituto. Um hiperinstituto...

Para saber se vai chover ou ter sol procuro um Instituto. O órgão que está enchendo o saco dos desenvolvimentistas brasileiros é um Instituto. Vamos fazer o seguinte, para destravar as licenças ambientais, iremos tirar a palavra Instituto do Ibama.

Temos Instituto para tudo e para todos. Creio que é a coisa mais democrática do mundo. Em breve teremos o Instituto do Instituto.
Portanto, vou montar o meu. Vou deixar um pronto, estruturado, para quando eu morrer eu não tenha que passar carão no caixão. Imagine a carpideira: "coitado! Ele queria tanto ter fundado um Instituto!" Eu, em vida e em carne e osso, assumirei os riscos da criação do meu Instituto. Um a mais não fará diferença...


Publicado em:
http://www.partes.com.br/ed53/colunagilberto.asp

Nos tempos de Bundas



Saudades de Bundas. Da Bundas que veio (vieram) e das Bundas que foi (foram). A Bundas era de bom tamanho, ideal para ótimas risadas e gargalhadas, nem muito grande, nem muito pequena, uma Bundas de palmos medidas.
A revista hebdomadária teve vida curta, mas foi suficiente para encher nossos olhos de boas bundas e caras de bundas por todo o país.
Tinha Ziraldo, Jaguar, Millor, Veríssimo, Chico e Paulo Caruso, Miguel Paiva, Angeli, Jô Soares, Aroeira e tantos outros mestres na arte de Bundar com alegria. Bundar com satisfação.

Mas Bundas caiu, digamos saiu das bancas muito rápido, deixando seus leitores inconsoláveis. Se o Pasquim já foi e já voltou, quem sabe um dia a Bundas volta.

Conduta ética num mundo corrompido

“Para que haja conduta ética é preciso que exista o agente consciente, isto é, aquele que conhece a diferença entre o bem e o mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e vício”, Marilena Chauí, em “Convite à Filosofia”.  

Cada dia mais vemos nossos sonhos e nossos heróis morrendo de overdose. Já no alvorecer do novo milênio, apesar dos discursos de mudança dos que pregam o advento de novos paradigmas e da revisão dos conceitos. Os desafios para a mudança de paradigmas e da construção da sociedade do conhecimento parecem parar diante da não inclusão das pessoas, do fim da cidadania e da afirmação do homem mercadoria, do homem consumidor.

A massa de aflitos, a massa de despossuídos sucumbem diante da permanência do não ético, da corrupção. 
A luta por uma sociedade igualitária parece não encontrar eco nas pessoas. O que vemos é o aprofundamento da crise ecológica, da opressão da mulher, o aumento do racismo e de toda forma de preconceito.
Mudanças no comportamento são solidificadas a passo de tartaruga, enquanto assistimos o velho filme da falta de educação, do aumento da pobreza. Tempo de incerteza e caos. Como sobreviver?

Publicado em:
http://www.partes.com.br/ed20/educacao.asp