quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Enchentes e pequenas ações


Reciclagem
Existe uma estreita relação entre pobreza e degradação ambiental, e a sociedade precisa desenvolver estratégias e programas que auxiliem na erradicação e mitigação da pobreza.  Com a maximização da reciclagem de material usado estaremos contribuindo para a redução indiscriminada da extração de matéria prima e diminuindo a devastação e degradação do ambiente. Assim como num processo educacional e pedagógico, devemos trabalhar para reduzir o volume de lixo produzido numa sociedade marcada pelo desperdício no dia a dia.

Enchentes
No processo de ocupação do solo urbano os interesses particulares sempre prevaleceram sobre os interesses públicos, com isto, ganhou a especulação e perdeu a população. À procura de lotes mais baratos os menos favorecidos ocuparam as margens dos córregos. As águas dos rios foram determinadas pala natureza e não pelas ações humanas, portanto cheia ou enchente é um fenômeno natural. Córrego não é o depositário final de entulhos!

Boas ações
Precisamos de mão na massa e boas ações. As escolas devem estar empenhadas na luta pela conservação e educação ambiental. Na busca da perfeita dimensão proporcionada pelas belas ações de conscientização de seus alunos e familiares sobre o Meio Ambiente. Preparar as futuras gerações para enfrentar o desafio ambiental é questão prioritária. Precisamos da esperança de um futuro melhor estampada nas novas gerações.

Piscinões
A ideia, que não é nova, existe desde a década de 20, quando o engenheiro Saturnino de Brito ao ter a compreensão da necessidade das bacias de contenção, chegou a propor dois grandes reservatórios no rio Tietê.

Autorresponsabilidade

O melhor caminho para minimizar o problema do lixo no futuro é promover a autorresponsabilidade. O conceito é tão coerente que parece absurdo não ser estabelecido como regra absoluta.
Por essa ideia, todas as empresas são obrigadas a assumir seus produtos até o final da existência dos mesmos.

Gilberto da Silva
econotas@partes.com

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Os tipos revolucionários


”O oprimido é condenado à resistir sob pena de ser pura e simplesmente esmagado”. Daniel Bensaid- Atualidade do Manifesto Comunista. Texto apresentado no Congresso Internacional dos 150 do Manifesto Comunista em Paris, 1998. tradução de João Machado Borges Neto. Cadernos Em Tempo, 310. outubro de 1999. São Paulo. Edições EmTempo.



Os tipos revolucionários
O Revolucionário Permanente. Ele nunca está contente. Sempre há uma revolução para fazer, para ser completada. Aqueles que impede estas ações revolucionárias são sempre denominados de reacionários, ou contras. Eles cantam o amanhã, mesmo após acordar com um sério desencanto. Não é preciso apenas mudar o mundo, é preciso mudar o Universo. É preciso muito e sempre e mais. É preciso interpretá-lo, reinventá-lo. Este tipo de revolucionário sempre denomina-se um emancipador nato. Para estes a revolução é sempre um processo de mudanças profundas, necessárias e absolutamente importantes.
O consenso só é possível se seus pontos de vistas forem absolutamente aceitos. O futuro para estes sempre será melhor, mais acolhedor, mais humano. É sempre preciso explorar novos caminhos (entendendo como novo, o velho conceito que provavelmente ele carrega). Mudança sempre!


A repressão e suas características
Dentro do contexto de uma revolução um componente que requer um estudo mais apurado é a utilização da repressão. A repressão tem vários sentidos e pode ser analisado sob diversos pontos de vistas. Não existe apenas a repressão física, mas também a psicológica e a ideológica. Os movimentos repressivos são dirigidos por duas maneiras: a reação e a progressão. Esses dois mecanismos lembram muito o famoso Sistoles e Diástoles do general Golbery, teórico geopolítico do Governo Militar.

Uma reação pode ser repressiva se servir de antídoto radical aos processos evolutivos da função social; ela pode ser exercida para reagir às tendências humanas de tentar o REAL  (entendido aqui como o IDEAL para o Outro). A repressão exercida pela reação é uma defesa dos valores morais, sociais ou culturais. È a preservação do EU, um movimento de conservação e defesa precedida de um ataque.

Já movimento de progressão é a repressão aos valores arcaicos, ao modelo antigo, às velhas ordens emanadas por um poder que teoricamente está em ruínas, ou em processo de deterioração. Progressivo é, para quem o exerce, a reestruturação na procura de uma ordem moderna, evolutiva. Neste caso, a repressão possui um claro sentido aniquilador do retorno de uma antiga ordem.

A repressão possui quatro tipos de “caráter”: o revolucionário, o progressivo, o conservador e o reacionário.

O Revolucionário é para quem o exerce, a quebra de velhas ordens num determinado momento social: o da revolução. Sua função é a de reprimir os ataques contra-revolucionários. Não devemos esquecer que todo caráter repressivo pode ser em nível de poder estatal ou poder individual, nas relações homem-mulher; pai-filho-mundo; religião-homem-mundo.
O caráter revolucionário da repressão é, para quem o exerce, o processo de mudança de uma estrutura, a virada de uma pirâmide, por isso, seja necessário reprimir os que ainda tentam subverter a nova ordem. A repressão é, nesse sentido, vista pelos revolucionários como uma necessidade, um mal que vem para o bem, uma medida certa para a total implantação dos seus novos valores.
Para os revolucionários é aniquilando os velhos valores que se pode tornar-se seguro da situação, “... pois esta tem sempre, como divisa de rebelião, a liberdade e os seus antigos costumes, os quais nem o transcurso do tempo nem os benefícios recebidos farão esquecer.” [i]
Os sandinistas utilizaram-se deste expediente de aumento de repressão na tentativa de aniquilar as forças contra-revolucionárias somozistas e dos índios miskitos.
Sob o ângulo da repressão homem-mundo, essa repressão revolucionária teria sentido se, por exemplo, as mulheres abolissem as velhas ordens morais aderindo à uma ordem, a uma nova ordem moral, sexual e rechaçar todos os velhos conceitos da tradição familiar submissa, do patriarcado.
A repressão revolucionária dá-se num determinado momento histórico, num período ainda desestabilizado onde novas ordens ainda não foram aceitas, acomodadas, onde ainda o perigo da iminente reação sobrevoa.

O Progressivo se dá no período em que há uma norma, uma ordem, em franco desenvolvimento, num momento em que ainda é preciso modernizar-se, progredir, ir à procura de uma nova situação. O caráter progressivo da repressão é baseado na persuasão e na aniquilação, sendo que na persuasão há a clara intenção da ideologia modernizadora, onde ela é exercida com o sentido de aniquilar as velhas hierarquias, os velhos sistemas e aperfeiçoar novas formas de manutenção da estrutura.
O caráter progressivo da repressão geralmente se dá num período pós-revolucionário onde é necessário aperfeiçoar novas formas de dominação, criar métodos mais eficazes de controle nesse sentido toda “reação” em contrário é anti-revolucionário, conservador ou reacionário.
Ao contrário do caráter revolucionário que ainda é portador de um conteúdo utópico, o progressista já atingiu “para si” a realidade: ele apenas realiza seu projeto. O repressor progressista ainda não chegou à “plenitude”, ainda busca a totalidade da sua eficácia e espera atingir a sua “finitude” (que pode ser inatingível). É o caso do jovem saindo de uma fase de contestação para outra de ações conscientizadoras. Um jovem partindo da simples agitação para a transformação progressiva da sua personalidade, não aceitando nem a revolução total de seus conceitos  como a volta aos padrões que a família lhe engendrou.
A atitude repressiva é, nesse caso, sempre aplicada no sentido de favorecer o andamento de uma prova nova ordem criada. É exercida como atitude “construtura”.

O caráter Conservador utiliza a repressão como manutenção da situação vigente, reprimindo toda manifestação ao contrário e toda tentativa de mudança. Usa os instrumentos repressivos como arma de defesa dos valores por eles implantados. Utilizado-a como um bem para si e para os que seguem os mesmos valores.
O conservador sente-se sempre um íntegro, tradicionalista., moralista e evita  de forma total qualquer tentativa de mudança. Partem de um pressuposto que vivendo numa estabilidade (a sociedade ou a sua individualidade) os que são estáveis (ou) os dominados a aceitar geralmente legítimo domínio vigente.
A relação pais-filhos é sempre visto sob o ponto de vista conservador. O patriarcado age de acordo com os princípios da repressão conservadora na manutenção da ordem familiar. A igreja tradicional e ortodoxa agiu muitas vezes de acordo com os princípios do caráter repressivo conservador

O caráter reacionário é o que utiliza da repressão através de uma resposta a uma ação qualquer que tem interesse em provocar a ameaça a sua ordem. É tido como opositor a qualquer inovação nos valores. È tido como contrário a liberdade e age de acordo com os princípios arcaicos e ultrapassados. No seu modo de ver é preciso agir sempre contra qualquer ação evolutiva, revolucionária e ou modernizadora.
O reacionário não é um conservador, o caráter repressivo dessa maneira é dado em qualquer situação.


[i] O Principe. Maquiavel. São Paulo: Circulo do Livro. s/d. página 56.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Estou Proibido

Hoje acordei proibido de sonhar qualquer tipo de proibição. Acordei proibido. Sonhei um sonho proibido, deste malandramente vedado.
Não posso mais falar o que penso e se penso sou interditado. Não sou branco, não sou negro, não sou pardo, não sou amarelo e tudo sou. Nem vou chamar meu velho pai de negão e nem meu irmão branco de brancão. Não vou nos melhores momentos chamar minha amada de qualquer tipo de animal que não seja a fêmea, mulher e amante.  Estou vetado. Vetado para práticas ilícitas e para confusões.

Acordei proibido de pensar que posso ser diferente e ausente de tudo. Proibido de concordar com meus semelhantes e, sem dúvida, censurado para a realização de práticas discursivas com meus não-semelhantes.
Acordei vetado do ato de discordar.

Já não posso mais fumar minhas cigarrilhas cubanas e nem beber minha cachaça mineira. Não posso mais nem querer o lícito. Para aqueles livros proibidos outros censurados pela Justiça são juntados. Os bombeiros do Fahrenheit 451 vieram queimar todo tipo de material impresso e lá se foram meus livros, meus jornais velhos, meus papéis sujos, meus poemas riscados, meus sonhos safados. Nada de fogueiras das vaidades, nada de queima de liquidação, nada de leitura insurgente, de poemas sujos ou histórias de fracos, oprimidos e vencidos. Nada de datas comemorativas ilusórias de versos anárquicos ou malvados.
Na luta pelo direito de meus livros eu não poderia ser uma Joana D’Arc moderna e por outro lado pensei que os livros já não são mais necessário, basta a internet pensei...
Ao ligar meu computador de cara fui avisado que meus twitter tinham sido apagados, minhas redes sociais canceladas e todo comentário deletado. Tentei ler um e-book e para minha já não mais surpresa só livros que não me interessavam repousavam pelas prateleiras virtuais. Os livros que ontem eu deveria ler já estavam fora da rede.

Programa de televisão já não assisto, então que fazer? Minha rede moderna de relações desmanchou no ar... Tudo que é sólido – não é Carlos Marques??
No fundo do baú achei uma raridade: um livro de memórias. Exclamei: estou salvo, livre! Ao manuseá-lo a decepção: páginas extraídas, desaparecidas como lapsos de memória.
Pensei em chorar minhas lágrimas secas e poluídas mas pedras ficaram.


Tentei lutar quixotescamente.(Feliz idade e feliz século aquele onde sairão à luz as minhas famosas façanhas, dignas de entalhar-se em bronzes, esculpidas em mármores e pintadas em telas para a memória do futuro - D.Quixote: II Capítulo).

Nada me resta a não ser dormir novamente e quem sabe cabraliamente teceremos manhãs?

“Tecendo a Manhã    
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.  

De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,  

para que a manhã, desde uma teia tênue,  
se vá tecendo, entre todos os galos...
João Cabral de Melo Neto”



cena de Fahrenheit 451

Talentos verdes e inovações tecnológicas


Talentos verdes
A Ministra Federal Alemã de Educação e Pesquisa, Professora Annette Schavan, premiou no dia 2 de novembro, dois jovens pesquisadores brasileiros pelo seu trabalho com o prêmio internacional de sustentabilidade “Green Talents - Fórum Internacional para Alunos de Grande Potencial no Desenvolvimento da Sustentabilidade 2010”.  Segundo a ministra “o objetivo do concurso é desenvolver a cooperação internacional para que possamos em conjunto contribuir para soluções sustentáveis que combatam as alterações climáticas e protejam o meio-ambiente”.

De um total de 234 jovens cientistas de 57 países dois brasileiros se destacaram. Janaína Accordi Junkes está atualmente fazendo o seu doutorado na Universidade Federal de Santa Catarina em Florianópolis e impressionou o júri com a sua pesquisa na utilização de resíduos industriais, como o lodo de estações de tratamento de água potável na fabricação de revestimentos cerâmicos. Daniela Morais Leme, estudante da Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Rio Claro, foi premiada pela sua pesquisa na área de poluição ambiental, por avaliação de águas de solos contaminados com biodiesel e suas misturas ao óleo diesel.

Inovações tecnológicas
Segundo o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho a necessidade das inovações tecnológicas promovidas pela indústria brasileira devem valorizar a sustentabilidade ambiental e esta “inovação deveria ter um viés pró-exportação e valorizar um ingrediente brasileiro diferenciado, que é a sustentabilidade. O Brasil tem matriz energética limpa, novas formas de energia e capacidade de desenvolver produtos com certificação verde, ambiental. Precisamos tirar proveito também de inovação com sustentabilidade ambiental e ter competência em comunicar isso para o mundo”, afirmou.
Para o presidente do BNDES “a inovação é necessária para a competitividade e aumento da presença do Brasil nos mercados globais em que temos vantagens”.

O líquido precioso
O Brasil detém 12% do total da água doce do planeta. É a maior reserva mundial.
O índice de perda total de água tratada e injetada nas redes de distribuição varia de 40% a 60% no Brasil. O motivo: tubulações antigas, os "gatos" (ligações clandestinas), vazamentos e desperdícios como o velho hábito de lavar carros e calçadas, banhos prolongados de chuveiros e descargas sanitárias antigas (liberam de 18 a 20 litros de água, enquanto que as modernas liberam 6 litros).
Há também o desperdício na agricultura (nos processos de irrigação) e nos centros urbanos o descaso com a poluição provocada por lixões, esgoto urbano etc.

Gestando consumidores conscientes
Desde que nascemos somos encarados como consumidores. Minto, desde que somos gerados. Somos ao longo da nossa jornada criados para consumir. A cidadania deve ser gerada com consciência.

Salvação
Salvar o planeta e a humanidade. Devemos juntar as respostas para necessidades sociais e aos danos ecológicos e transformá-las em políticas públicas. A combinação destas duas vertentes servirá para transformar a sociedade contemporânea. Reformas devem ser prioritariamente e simultaneamente sociais e ecológicas. Esta tarefa, porém, parece ser muito complexa nos círculos políticos e industriais. Mas há salvação.

Gilberto da Silva
econotas@partes.com.br

sábado, 30 de outubro de 2010

Drummond, 108.

Amanhã, quando os brasileiros irão às urnas, você, mineirinho, completará 108 anos, justo tú que quando nasceu "um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! Ser gauche na vida." Você, poeta, não está mais aqui para ver o bonde passar "cheio de pernas brancas pretas amarelas". 
Dia 31 de outubro e a "roda do povo despetala-se" e você que achou ser chato ser moderno "Agora é eterno." 


Quem sabe alguns preparem uma canção amiga para embalar nossos sonhos ou desbaratem uma quadrilha em homengem ao José, a todos Josés desse País de luis, inácios, silvas e andrades.


Na mesa beberemos, urubus olharão. E vamos seguindo na calmaria burocrática de nossos dias, amando, tecendo nosso amor:


"O meu amor é tudo
que morrendo, não
morre tudo e fica
no ar parado."
Carlos Drummond de Andrade


proveitem e visitem o site do Carlos:

http://carlosdrummonddeandrade.com.br/

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A visita do ET

Se um  E.T. aportar no Brasil neste momento ficará impressionado com o nível da política brasileira. As questões morais retrógradas baseadas na marginalidade social, no preconceito e discriminação étnica, na exclusão dos desiguais e na perversão moral dominam nossos espaços de um ante exemplo de democracia. A quem interessa este tipo de caminha? Afinal, que deseja o caos? Deve haver escondido em algum plano secreto o motivo de tanta ignorância....

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Vitrine do Giba: O Bom das eleições

Vitrine do Giba: O Bom das eleições: "O bom da eleição é que nossas máscaras caem, nossas idiosincrasias ficam mais evidentes e nela nos revelamos. Em alguns o autoritarismo..."

O Bom das eleições



O bom da eleição é que nossas máscaras caem, nossas idiosincrasias ficam mais evidentes e nela nos revelamos. Em alguns o autoritarismo aflora, em outros a subserviência voluntária ou não se evidencia. Nós nos revelamos mais machistas, racista, intolerante, mais preconceituosos, às vezes até mais obtusos e superiores! Desqualificamos o adversário, marginalizamos o outro e desprezamos a ética. Mas existe caso – poucos – que nasce o amor, onde havia ódio, prazer – onde havia desprazer e assim “são franciscanamente” atingimos o centro da felicidade.

O bom das eleições é essa diversidade de opiniões- e ainda bem que temos eleições, não é? O bom das eleições é que alguns são capazes de discernir no embate político o caráter de seus atores: guerrilheiros, pistoleiros, sanguessugas, revolucionários, conservadores, reacionários, enganadores, ambientalistas, desmatadores, matadores, palhaços, idiotas, socialistas, capitalistas e por ai afora....

Como é bom ter eleições! Assim, despertamos nosso lado sadio postando na internet videozinhos chulos, preconceituosos, difamadores e mentirosos. E pior, rimos disso tudo! O famoso assessor de Hitler (seria o marqueteiro de hoje) Joseph Goebbels já dizia “uma mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade”.
O bom das eleições é que seres estudados, diplomados, que em certos momentos se consideram elites da inteligência, falam suas asneiras, cometem seus pecados (mas quem não comete?).

O bom das eleições é que jornalistas tomam partido; veículos escolhem seus candidatos; cabos eleitorais defendem seus pares e – aqui no Brasil ainda – no dia seguinte à eleição estão todos juntos falando do próximo jogo de futebol, da mulher alheia, do homem bonitão, do sapatinho novo ou da nova marca de carro (espera-se pelo menos que seja sustentável) e alguns já pensando no BBB.

O bom das eleições é que nossos nervos ficam à flor da pele e assim ajudamos nossos cardiologistas....

O bom de todo processo eleitoral é que nossa postura moral é posta a prática. Alguns transgridem, outros agridem. Vamos sempre no link da detonação e do escárnio e de “mala” em “mala” de “post” em “post” mudando nossas opiniões conforme a divulgação das pesquisas eleitorais.

O bom senso e a prudência perdem o sentido num debate acalorado. Numa “tuitada” e em 140 caracteres lá se foi o discernimento... E assim acabamos por nos envolver em pequenas complicações.

O bom das eleições num espaço democrático é que alguns continuam retos em seus propósitos políticos e outros mudam conforme o andar da carruagem ou dos cargos que lhe são oferecidos.

O bom das eleições é que muitas pessoas perdem a oportunidade de ficar quieto, assim como eu.

Gilberto da Silva

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Caótica Parafernália

Há muito tempo eu venho escrevendo sob tensão, raiva e medo. Tensão, raiva e medo. As vezes só com tensão (outras só com tesão), ou com raiva ou com medo. Há muito tempo escrevo com ódio e mais nada, nada. Nada como o vazio do próprio ser.
O que me faz a raiva? O que me traz o medo? Por que a tensão? (Cadê o tesão?). Tensão e raiva e medo.
Ódio? Que ódio, que medo? Nervos, raiva e ódio...

Viver morrendo, morrer vivendo: simples trocas...

Cheguei ao caos – caótico -, anti, ANTI: o animal radical, radical? (e se for sufixo?)
Antifilosofia, ou antesfilosofia? Antiherói (o que morreu morreu ficou prá trás), anticristo, antidiabo, antisatanás, antianimal. Antigamente.... tudo era tão diferente???

Há muito tempo escrevo sob tensão, raiva e medo. Raiva, medo e ódio.
LACÔNICO – não de lacunas, mas breve, curto, conciso. Duro, animal emergido do nada.
Duro como pedra, como aço – metal, metálico. Vi mundo caírem aos meus pés, ao meu redor. Psicodélico vi objetos voadores não identificados, ufos, UFA!, antidroga, anti-humano, antílope (veloz, carrega a dor da passagem)

“Da vida ao meio da jornada, tendo perdido o caminho verdadeiro, achei-me embrenhado em selva escura” (A Divina Comédia, Dante Alighieri)

Antitudo, antinada, antitodos. Escrevo sobre o nada com raiva, medo e ódio. Caído dos céus, dos céus das vagas estrelas dos homens. Sem nada para o fim, o infinito fim? Perdido.

Existem três alternativas: 1) Viver 2) Morrer 3) Estar perdido para sempre.
Não existe mais saídas no mundo do caos, Laos, paus, sao, maos, Que alternativas existirão?  Nada mais será asneira e sim tudo besteira.
Antiladrão, antipatrão, antiilusão no mundo do medo, cedo, azedo e sofrido, mas com pinta de alegre, democrático (de que riem os democratas?) asiático, asmático, enfático, panfleteador, funcionário público. Sem mais nada.
Antiparadisíaco (Paraíso?) O de Eva? Ou lá pelas bandas da Vergueiro? Antilúcido, anti anti o onteontem.

“Pepe satan, Pepe satan, aleppe” A Divina Comédia – Dante Alighieri

Há certas ocasiões que escrevo com sonho, com sonho de sonhar o impossível. Ocasiões em que penso não mais pensar o impensável.
Muitas vezes nada escrevo pelo medo de ser censurado, cortado, malhado (sob a desculpa de ser melhorado). Sem nada de informações, escrevo malhado e molhado com raiva. E com medo daquele mundo caótico, católico, apostólico e bibliânico.

Abismo: lugar muito profundo na terra.   Será que nos enfiaremos? Sairemos?


Acordo: Deus fez com o povo de Israel; os empresários fizeram com os metalúrgicos e não cumpriram; Sadat com Israel, do Diabo com o Satanás, do carro com o novo preço da gasolina e coma poluição do ambiente. Acordos que são feitos sobre pressão, prisão, depressão e depressinha.
“Esta é a mensagem daquele que é o Primeiro e o Último (Alfa e Omega) que tornou a viver” (Bíblia). Será o Diabo o Meio?

“Os que conseguirem a vitória não sofrerão a segunda morte” (Bíblia) os que forem derrotados PACIÊNCIA!

sábado, 9 de outubro de 2010

O ambientalismo tardio

Minha dissertação de mestrado:
O ambientalismo tardio: a Amazônia como temática ambiental no jornalismo impresso paulista
está disponível em vários links entre eles:



http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=125347


http://www.facasper.com.br/pesquisas/pesquisa/index.php/o-ambientalismo-tardio-a-amazonia-como-tematica-ambiental-no-jornalismo-impresso-paulista,39.html


http://www.ufmt.br/gpea/pub/gilberto_da_silva_o_ambientalismo_tardio.pdf




resumo:
Este trabalho analisa a temática ambiental Amazônia no jornalismo impresso paulista a partir da metodologia de análise de conteúdo dos textos publicados nos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo. Compreendemos a natureza contemporânea da região amazônica como resultado expressivo de transformações ocorridas na sociedade determinadas pelo paradigma do desenvolvimento predatório. O objetivo é contribuir para a análise do problema amazônico e sua interface com a mídia e constatar os principais interesses; polêmicas e conceitos divulgados pela mídia; e identificar como a Amazônia é retratada nos dois maiores veículos de comunicação de São Paulo. O trabalho tem sua base teórica fundamentada na comunicação de massa e na análise do processo de construção da notícia ancorada na tematização e em textos que abordam as relações do capitalismo e do mercado; assim como a crítica ao pós-modernismo e ao crescente processo de mercantilização da natureza. Reflete também sobre o conceito de desenvolvimento sustentável; o desmatamento; as certificações; questão da internacionalização e soberania do território. O trabalho detecta que estamos vivendo um período que caracterizamos como ambientalismo tardio em que os meios de comunicação de massa passam a incorporar em sua agenda a questão ambiental.




http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=125347

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Umapaz lança campanha ‘Silvestre não é PET'

A campanha ''Silvestre não é PET'' tem como objetivo desestimular a população a comprar animais silvestres. Por meio de orientação e informação, a campanha mostrará como os animais sofrem maus tratos durante sua captura e o prejuízo para o meio ambiente.A campanha visa conscientizar e informar a população, desestimulando a compra de animais silvestres no País.
Biodiversidade em São Paulo
A
Secretaria Municipal do Verde divulgou, neste ano, uma listagem com 700 espécies de animais silvestres observadas em áreas verdes na capital paulistana. A listagem é o ponto de partida para a elaboração de planos de manejo e de conservação de áreas verdes, sendo importante ferramenta para o monitoramento ambiental. O Inventariamento Faunístico em Áreas Verdes do Município de São Paulo é realizado pela Divisão de Fauna da Secretaria desde 1993.
Foram computadas 700 espécies, uma riqueza surpreendente para a cidade mais populosa da América do Sul, condição em que justamente o oposto é o mais esperado. As espécies estão distribuídas em três grupos de invertebrados e cinco grupos de vertebrados.

Automóvel
O Salão do Automóvel de Paris revelou ao público uma nova estratégia: associar carros elétricos e híbridos à ideia da esportividade e alto desempenho.  As montadoras apostam em estilo, luxo, tecnologia e desempenho para voltar a seduzir os consumidores e fortalecer uma tendência: os carros high tech ou movidos a energias alternativas.
Academias para idosos
Nossas áreas verdes estão sendo revitalizadas e, com isso, ganham academias adaptadas para idosos com diversos aparelhos para a prática saudável de exercícios.
Adaptados para idosos, os aparelhos de ginástica também atraem jovens e servem de palco para aulas de ginástica.

Reciclagem
Nada se perde tudo se cria, ou se recria. Reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora.  A reciclagem traz os seguintes benefícios: contribui para diminuir a poluição do solo, água e ar; melhora a limpeza da cidade e a qualidade de vida da população; prolonga a vida útil de aterros sanitários; melhora a produção de compostos orgânicos; gera empregos para a produção não qualificada; gera receita com a comercialização dos recicláveis; estimula concorrência, uma vez que produtos gerados a partir dos reciclados são comercializados em paralelo aqueles gerados a partir de matérias primas virgens; contribui para a valorização da limpeza pública e para formar uma consciência ecológica.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A pequena empresa e a sustentabilidade

Gilberto da Silva

As pequenas empresas podem fazer muito para ajudar a implantar políticas e práticas sociais e de sustentabilidade. Bom lembrar que os micros e pequenos empreendimentos representam 99% das empresas brasileiras e empregam mais de 50% da mão de obra nacional, segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) organização que busca trabalhar a questão ambiental nas empresas. 

Através de pequenas ações como a racionalização do processo produtivo tomando medidas para diminuir o desperdício de matéria-prima e na luta pela racionalização do uso da água e energia elétrica, diminuindo o consumo e com reflexos no custo dos seus produtos e serviços.

As empresas podem trabalhar para reduzir o impacto ambiental no controle da destinação dos efluentes líquidos e dos resíduos sólidos, controlarem as emissões aéreas (gases, poeira e fumaça) e diminuírem o ruído durante o processo produtivo.
Aos poucos as pequenas empresas vão descobrindo que é possível ganhar dinheiro, gerar lucro sendo ambientalmente responsável e por tabela melhorar a sua imagem no mercado. Panificadoras, oficinas mecânicas, gráficas, pequenas lojas de autopeças e pequenas fábricas podem ao aplicar conceitos de sustentabilidade que visem uma produção mais limpa e eficiência energética, ampliarem a sua rentabilidade.

As pequenas empresas podem promover noções de consumo consciente entre os funcionários e realizar a coleta seletiva do lixo; trabalhar na substituição de ventiladores por filtros movidos a energia eólica e aperfeiçoar o processo de uso e despejo de óleo ou melhorando o processo de separação de metais e papéis.

Tudo em sintonia com o orçamento da empresa. Custo em sintonia com o orçamento. Nada que possa estourar e tornar impossível uma ação que está ao alcance de todos. Um modelo de negócio sustentável deve estar em consonância com a preservação e recuperação ambiental, com a justiça social e a cultura local.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

De palhaçarias



Palhaçadas começam quando o nível abaixa. Não podemos cobrar seriedade de alguns se agimos de modo rasteiro com nossos adversários. Soltar spam atacando a honra e a vida das pessoas, soltar notas inverídicas nos diversos meios de comunicação para poder emplacar o candidato preferido.

Cadê a honradez, a lisura?

Se palhaços não queremos ser, não podemos querer que se proliferem as piadinhas difamatórias que correm soltas por meio eletrônico....

Se palhaços não queremos ser, não podemos louvar certos programas de televisão....

O nível começa em casa, na família, no trabalho e assim por diante.

Na verdade, os programas políticos desta era do espetáculo foram todos despolitizados e ficamos na mão de produtores mais inteligentes (?) que conseguem enganar a (quase) todos.

Se devemos criticar o palhaço ou todos os palhaços do circo, então precisamos criticar a dona de casa que toma o lugar do marido na campanha, sem saber o que está fazendo. Devemos impedir de qualquer jeito aquele que sabemos que só vai entrar na vida pública para nos levar pra privada. Ou impedir aquele que sabemos que tomará e -"sempre toma" - de assalto nossos cofres. Somos palhaços quando pedem nosso voto e nos prometem cumprir mandatos e não cumprem? Somos palhaços quando nos enganam com trocadilhos e outros badulaques e sorrimos de alegria porque acreditamos que é assim mesmo....


Somos palhaços quando trocamos nosso voto por promessa de emprego, por assistencialismo, para favorecer nossos amigos?

O funambulesco é a crítica pessoal. "Não voto em sicrano por que não gosto dele. Não voto em fulana  por que não concordo com sua vida sexual, não voto em beltrano por que não gosto e dái não faço nenhuma questão de um dia vir a gostar" E outras mais e etc...

O ridículo é o atestado que nos querem dar: um diploma sem escola, um certificado de burrice ao nos convencer que somos todos ridículos e somente os "profissionais" é que entendem de política. Pior palhaçada é a cesta básica medicamentosa que nos enviam: um colírio vencido ou um par de óculos escuros riscados...

O burlesco – se não for coisa pior – é darmos de mão beijada um mandato para um político e ele vir nos cobrar trabalho! Quem deve trabalhar é ele! Quem lhe deu o voto fomos nós!


Nosso voto feito palha, palhaço, esfarela nas nossas próprias mãos!

Quem é o ridículo?

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Política Nacional de Resíduos Sólidos

Foi sancionada a lei que cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos (lixo) no país. É uma revolução em termos ambientais no Brasil. Falta ser sancionada. 
De um lado, a lei ajudará na valorização da profissão dos catadores. De outro lado, trará mais responsabilidade para os gestores públicos acabar com os lixões. Com a sanção da lei, o Brasil passa a ter um marco regulatório na área de resíduos sólidos.A lei enfatiza a redução, o reuso e o reaproveitamento fazendo a distinção entre resíduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) e rejeito (o que não é passível de reaproveitamento). A lei se refere a todo tipo de resíduo: doméstico, industrial, construção civil, eletroeletrônico, lâmpadas de vapores mercuriais, agrosilvopastoril, da área de saúde, perigosos etc.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos reúne princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes para a gestão dos resíduos sólidos. O projeto de lei, que tramitou por mais de 20 anos no Congresso Nacional até que fosse aprovada, responsabiliza as empresas pelo recolhimento de produtos descartáveis (logística reversa), estabelece a integração de municípios na gestão dos resíduos e responsabiliza toda a sociedade pela geração de lixo.

São diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos:
I - proteção da saúde pública e da qualidade do meio ambiente; II - não-geração, redução, reutilização e tratamento de resíduos sólidos, bem como destinação final ambientalmente adequada dos rejeitos; III - desenvolvimento de processos que busquem a alteração dos padrões de produção e consumo sustentável de produtos e serviços; IV - educação ambiental; V - adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias ambientalmente saudáveis como forma de minimizar impactos ambientais; VI - incentivo ao uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados; VII - gestão integrada de resíduos sólidos; VIII - articulação entre as diferentes esferas do Poder Público, visando a cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos; IX - capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos; X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação de serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira; XI - preferência, nas aquisições governamentais, de produtos recicláveis e reciclados; XII - transparência e participação social; XIII - adoção de práticas e mecanismos que respeitem as diversidades locais e regionais; e XIV - integração dos catadores de materiais recicláveis nas ações que envolvam o fluxo de resíduos sólidos.

Reflexos positivos
A implantação da lei poderá trazer reflexos positivos no âmbito social, ambiental e econômico, ajudando a diminuir o consumo dos recursos naturais e proporcionando a abertura de novos mercados. Vai gerar trabalho, emprego e renda e conduzir à inclusão social. A expectativa é que ocorra uma diminuição dos impactos ambientais provocados pela disposição inadequada dos resíduos.
Gilberto da Silva
econotas@partes.com.br

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Condenados, degradados e desgraçados

Acusado de vender sentença à máfia de caça níqueis do Rio de Janeiro, um juiz do STJ acaba de ser condenado por seus pares do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A sentença foi a pena máxima administrativa: aposentadoria compulsória, com direito a receber míseros R$ 24 mil por mês. Sentença louvável, diria meu amigo Alfredo, que por roubar uma galinha em tempos de fome foi obrigado a passar alguns anos em uma cadeia do interior paulista. Sem mesmo direito a um "Auxílio Coxinha". Mas vivemos numa democracia. Somos livres e podemos opinar sobre tudo, não è?????

Mas vamos lá: alguns criticaram o Lula por tentar dar asilo a uma iraniana acusada de adultério cometido pela acusada depois da morte do marido. É a primeira vez que tomo conhecimento de um adultério cometido contra um falecido. A iraniana de 43 anos e mãe de dois filhos, foi punida inicialmente com 99 chicotadas e depois condenada à morte por apedrejamento. Culpada de ter tido "relações ilícitas" com dois homens em 2006 está presa desde então. Cada país tem suas leis, sua cultura e sua soberania. Então, pedimos mais compreensão das pessoas.... Mas não devemos nos omitir! Somos livres e podemos opinar sobre tudo, não é?????

Na história da humanidade a corda tem sido quebrada pelo lado dos mais fracos; dos degradados e dos desgraçados.

Parece que uma parcela significativa da sociedade está condenada e ter que viver com políticos corruptos e incompetentes. Os sinais e a oportunidades de acabar com a farra sempre é exibido, mas uma parcela sempre teima em reanimar o baile dos desgraçados... Somos livres e podemos opinar sobre tudo, não ée????? Ou....

sábado, 3 de julho de 2010

Qual é o bicho?

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo quer que o paulistano escolha o animal silvestre símbolo da cidade.  Para isto selecionou 15 espécies, entre mamíferos, aves, anfíbios e répteis para que o munícipe possa escolher. Qualquer pessoa pode participar da votação através do site http://biodiversidade.prefeitura.sp.gov.br/FormsPublic/p05ConsultaPub.aspx
Os concorrentes são:
1.Bentevi (Pitangus sulphuratus) Ave que se adaptou muito bem no espaço urbano. De canto conhecido o bentevi defende seu território e persegue com valentia aves maiores do que ele. 2.Bugio (Alouatta guariba clamitans) Macacos que vivem em grupos e se distinguem dos demais pelo comportamento tranquilo e por emitir um "ronco" peculiar. 3.Caracará (Caracará plancus) De porte avantajado e muito chamativo. Adapta-se às constantes mudanças da capital. 4.Caxinguelê (Sciurus ingrami) Esquilo que impressiona pela agilidade nos deslocamentos. Vive solitariamente e pode ser facilmente observado em fragmentos de florestas da cidade. Possui uma aguçada audição. 5.João-de-barro (Furnarius rufus) Ave considerada um símbolo do trabalho pela maneira como constroem seus ninhos de barro, em forma de forno sobre postes e mourões. 6.Perereca-flautinha (Aplasodiscus albosignatus) Possui um complexo sistema de corte e acasalamento que envolve sinalizações e toques. Seus ovos são depositados em tocas no solo, próximos a riachos. 7.Periquito-rico (Brotogeris tirica) O madrugador periquito é visto com frequencia em bandos, atravessando os céus, quando fazem grande algazarra. É atraído por árvores frutíferas, além de ipês, paineiras e outras. Quando ameaçado fica imóvel tentando se esconder entre a folhagem. 8.Pica-pau-de-banda-branca (Dyocopus lineatus) Geralmente é avistado em busca de alimento, quando bate insistentemente seu forte bico contra os troncos e galhos das árvores à procura de insetos. 9.Rã-de-vidro (Hyalinobatrachium uranoscopum) De coloração verde, que lhe confere camuflagem em meio a vegetação, possui o ventre transparente, sendo por este motivo chamada rã-de-vidro. 10.Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) Comumente encontrada em jardins, praças, parques. Seu canto pode ser apreciado em vários bairros. Constrói o ninho em locais acessíveis e próximos às habitações humanas, garantindo assim maior convívio. 11.Saruê (Didelphis aurita) As fêmeas carregam sua prole dentro de uma bolsa no seu ventre, assim como seus parentes cangurus. Possui alimentação variada e pode ser vista em áreas verdes e urbanizadas. Têm grande poder de adaptação, adequando seus hábitos ao crescimento urbanístico da cidade. 12.Suçuarana (Puma concolor capricorniensis) Conhecida como onça-parda. Pode ser avistada quando se aproxima de chácaras e sítios em busca de alimento. 13.Tico-tico (Zonotrichis capensis) É observado em grandes áreas ajardinadas. Seu canto de demarcação do território é característico. Busca alimento em jardins próximos a residências. 14.Papa-vento (Enyalius inheringii) Lagarto de aproximadamente 25 cm de comprimento. Foi observado em vários parques da cidade. Apesar de ficar imóvel e ter aparência de réptil vagaroso, costuma fazer deslocamentos curtos e rápidos, ao ritmo da metrópole paulistana. 15. Beija-flor-tesourão (Eupetomena macroura) Pode ser visto em vários bairros, visitando jardins, quintais, varandas e apartamentos em busca de morada e alimento. De aparência delicada é, porém, muito corajosa, atacando aves bem maiores que possam invadir o seu território. Habilidosa, bate as asas com grande velocidade.
econotas@partes.com.br

Atitude Ambiental

Para que possamos atingir metas de responsabilidade ambiental e promover melhoria da qualidade de vida para todos é preciso tomar atitude! Algumas atitudes já estão sendo tomadas, vejamos:
No dia 19 de junho, a Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) em parceria com a Subprefeitura Ipiranga, Supervisão de Saúde, Supervisão de Educação e representantes de ONGs, Associação de Moradores e da Iniciativa Privada promove no Jardim São Savério, o Dia da Atitude Ambiental, que será realizado na Praça Jardim São Savério, que fica na Rua Memorial de Aires, 480, das 9h às 15h.
Serão realizadas oficinas para ensinar a confeccionar vasos anti-dengue, exposições de trabalhos feitos a partir de materiais recicláveis, mutirão de limpeza e coleta de lixo eletrônico, como pilhas e baterias. O Dia da Atitude Ambiental terá tendas temáticas, palestras, exibição de vídeos e monitores que vão explicar e distribuir cartilhas informativas,. Está programada uma grafitagem e performance interativa do personagem Caipira, artista popular do local. Um caminhão multimídia da Eletropaulo e postos volantes do Banco do Povo e do MEI (Micro Empreendedorismo Individual) também estarão à disposição da população.


Outra atividade é o curso “Verde em Ação” promovido pelo Cades Ipiranga – Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz da Subprefeitura Ipiranga e que está sendo realizado neste mês de junho. São aulas ministradas por profissionais da UMAPAZ (Universidade Aberta de Meio Ambiente e Cultura de Paz – Secretaria do Meio Ambiente) e que estão sendo realizadas na Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas.
O curso é voltado para formadores de opinião, educadores, conselheiros do Cades Ipiranga, articuladores locais e tem como objetivo levar conceitos e ferramentas de educação ambiental que possam ser reaplicados e utilizados na busca de alternativas de desenvolvimento para uma maior interação entre as pessoas e o meio ambiente.


Estas ações somadas ao trabalho de educação ambiental desenvolvido pelos professores, alunos e comunidade da EMEF José do Patrocínio, no Jardim Santa Cruz e o plantio de árvores (somente no mês passado foram plantadas cerca de 1.000 árvores no canteiro central da Avenida Tancredo Neves) contribuem para estimular os moradores a adotarem hábitos saudáveis em prol da defesa do meio ambiente. Mais atitudes virão!


econotas@partes.com.br

domingo, 27 de junho de 2010

O homem e a crise

Tudo bem, a mulher evoluiu e o homem ainda enfrenta crise de identidade. Assim terminei meu papo com Cacilda - minha melhor amiga - ciente de que o sucesso dela deixou muitos homens assustados. Ela sempre deixou claro que as mulheres não querem ocupar os espaços dos homens, pois a imagem do homem, da figura masculina é muito importante. Mas, debates à parte, do papo com Cacilda sobraram alguma lições:


A primeira é que eu fiquei pensando no colega de bar Geraldo. O boteco é o lugar onde ele fala alto e com muita "responsa", mas em casa, coitado... Na frente de Irene, mulher ativa, independente e decidida, Geraldo afina. Com ela, Geraldo é sensível e incapaz de levantar a voz. Objetiva, na casa de Irene, Geraldo se "amoita"...


Já Manoel é um saudosista que vive do passado, das lembranças das suas farras do tempo de solteiro. A paixão por Odete já passou. Só sobraram restos.... E Odete deixa Manoel profundamente irritado. Até quando este casamento durará?


Marina começa a se destacar na profissão, superior completo, pós graduação e bom emprego. Marina está ganhando bem e divide o leite das crianças com José que sente-se estabilizado, bom emprego, bom salário, mas já começa a se irritar com a perda do papel principal dentro de casa. Sei lá.... Acho que José pode entrar em pânico profundo! Sorte dele que não tem uma rival e sim parceira. E que parceira!


Na casa de Haroldo e Luiza a coisa pega: as comparações e a competição entre ambos pode acabar mal. Haroldo quer ganhar mais que Luiza. Ocorre que a mulher está numa empresa em franco desenvolvimento e ocupa cargo de projeção. Este  jogo não vai terminar em um a um...


Foi assim de casal em casal que Pedro apareceu nesta história. Casado com Maria Helena, o relacionamento está na berlinda. Pedro me lembra um sujeito que conheci na adolescência, mau humorado, irritado e que não consegue expressar seus sentimentos. Pedro está bloqueado e Maria Helena bronqueada...


Já Benito só quer trabalhar e deixa a mulher em casa cuidando dos filhos, se irrita quando a esposa quer falar sobre os problemas de escola do filho ou sobre a faxineira que não limpa direito a sala de estar. Deixa estar...
Desse jeito Benito vai acabar só falando com o dinheiro.


Doni já confirmou: não vai casar. Quer mais aproveitar a vida e sai de fininho quando alguma mulher toca na palavra casamento e vamos tocando em frente! Doni quer sexo três vezes ao dia com três mulheres diferentes. Nada de viadagem, diz. Diferente de Onofre que aceitou bem o papel de "dono de casa". Limpa, lava e leva os filhos para a escola numa boa: acompanha o desempenho escolar dos filhos. Mas a masculinidade continua ativa. Onofre nunca sentiu seu lado masculino ameaçado pelo lado feminino.


O B. M., bem, este cara está confuso. Seu relacionamento com M. foi terrível e ele passou a ter dúvidas sobre sua opção sexual. Ele ainda gosta de mulheres, mas começa a ter um comportamento "meio duvidoso" quando homens bonitos ou atraentes se aproximam. Onde chegará esta indefinição?


Bem, Cacilda foi incisiva comigo: o marido ideal é participativo e não compete com a mulher. O modelo tradicional de família está em evolução.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Praça adotada, área cuidada

Se você conhece uma praça, canteiro central de avenida, parque e remanescente de construção e quer que este espaço seja bem cuidado, converse com empresas a respeito ou adote você mesmo o espaço. É um bem para o bairro, para toda comunidade e para você também.

Qualquer munícipe pode participar e colaborar com a Subprefeitura e com seu bairro para cuidar de uma praça e deixar a região mais bonita. Para isso existem os termos de cooperação. Os termos de cooperação são uma parceria entre a Subprefeitura e os munícipes, sendo pessoas físicas ou jurídicas.

A parceria entre o poder público e empresas particulares visa dotar a cidade de áreas verdes bem mais cuidadas, demonstrando que a divisão de responsabilidades proporciona bem-estar para a população e contribui para o embelezamento do município.

São inúmeras as vantagens ao adotar uma praça. A empresa adotante pode, com seu exemplo, incentivar os funcionários e outras empresas a se preocuparem com o meio ambiente. Além de manter os espaços sempre em ordem, garantindo a beleza paisagística e a qualidade de vida da comunidade local.

A Subprefeitura Ipiranga tem muitas áreas verdes em sua região. Na região da Vila das Mercês temos uma área adotada. É a praça André Nunes adotada por um casal que tem uma banca de jornal na praça e que cuidam com carinho do local há 13 anos. Mas é preciso mais, temos na região do Ipiranga mais de 40 praças!

A pessoa física ou jurídica que quiser cuidar de qualquer área verde deve procurar a Subprefeitura Ipiranga, informar o local de interesse e apresentar a documentação necessária.

Mas atenção; a adoção não pode ser feita de uma hora para outra. O adotante deve estar ciente que esta é uma decisão muito importante e deve ser encarada com muita responsabilidade.

terça-feira, 13 de abril de 2010

O que podemos fazer a pé?

Passear a pé, trabalhar a pé, comprar a pé são atitudes que podemos realizar para a construção de um mundo melhor. E para melhorar a nossa saúde.

Por que pegar automóvel para ir ao barzinho, cabeleireiro, lotérica, padaria se podemos deixar nossos carros nas garagens e caminhar. Carro não é vilão, mas ele tem grande responsabilidade pelos problemas ambientais e de saúde dos grandes centros urbanos.
Muitas vezes deixamos de realizar uma compra perto da nossa residência e vamos até um shopping de carro.


A nova lógica das grandes cidades deve ser a de vários centros e assim reduzir nosso tempo de deslocamento. Em tempos de aquecimento global, o ato de caminhar ganha status de atitude consciente. Mais do que uma maneira de se manter saudável, cada dia mais estudiosos, urbanistas e arquitetos defendem a necessidade de tratar esse hábito como um eficaz meio de transporte.



Andar a pé pode ser a melhor alternativa para o impasse da mobilidade paulistana. Mas é preciso que o poder público invista mais na qualidade das calçadas, no tapamento dos buracos, desníveis e depressões. Muito tempo esperando um semáforo abrir também irrita o pedestre. É biológico: quem anda não quer parar. Lembrete: muitos projetos lindos de calçadas são projetados por quem não anda e nunca andou a pé e nem respeita pedestre.


São inegáveis os benefícios de andar a pé proporciona. Caminhar ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares, 30 minutos diários bastam para ajudar a prevenir a diabetes, hipertensão, osteoporose. Andar a pé ajuda no sistema imunitário que é também estimulado e melhora consideravelmente a capacidade respiratória e o fortalecimento muscular.



Para não ficar apenas em lamentação, cantemos então, um trecho da música É Bom Andar a Pé de Wilson Simoninha:

“É bom andar a pé

sem sapato, sem direção a toa

na cabeça o sol

um boné

É bom andar a pé

devagar para aguentar o calor

e olhar a vista pro mar

melhor”