quinta-feira, 10 de abril de 2008

Aquecedor Solar, um auxílio sustentável

A cidade de São Paulo está a caminho da sustentabilidade. O que é muito bom! EmSão Paulo já há uma lei. O uso de aquecedores solares economiza cerca de 17.000 litros de água por ano em cada domicilio. Para a cidade de São Paulo, com aproximadamente de 11 milhões de habitantes a substituição dos chuveiros elétricos por aquecedores solares economizaria mais de 48 bilhões de litros de água por ano.


A cidade de São Paulo aprovou a Lei que torna obrigatório o uso de aquecedores solares nas novas edificações, onde através de grupos de trabalhos, calculou e analisou criteriosamente pontos como uso de água, energia, proteção do clima do planeta e no aumento de renda da população com a substituição do uso da energia elétrica e de combustíveis fósseis pela energia solar, ou seja, no desenvolvimento sustentável do país.


Um primeiro fato a constatar é que a decisão de usar mais ou menos água é feita pelo consumidor. O aquecedor solar pode ser utilizado com vazão de 3 litros por minuto, idêntica a do chuveiro elétrico, a exemplo do que é feito nas mais de 20 mil habitações de interesse social que hoje já usam os aquecedores solares. Portanto as vazões de consumo de água são exatamente as mesmas, ou seja, uma casa com padrão de banho de 3 litros por minuto, 8 minutos de banho e 4 moradores pode usar o chuveiro e o aquecedor solar consumindo para os banhos exatamente a mesma quantidade de água.


Segundo Carlos Faria, diretor do DASOL - Departamento Solar da Abrava - Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento e coordenador da Iniciativa Cidades Solares, "quem determina o volume de água usada no banho é o consumidor final e não o tipo de energia usada para o aquecimento de água de seu banho".


Há disponíveis no mercado vários modelos de chuveiros e duchas, com vazões de 3 a 60 litros por minutos, produtos estes produzidos pelos mesmos fabricantes e que atendem às três formas de aquecimento de água, solar, gás e elétrico. Desta forma, argumento Faria, "em um bom projeto, as vazões serão as mesmas, com exatamente a mesma quantidade de água, dando ao consumidor o poder de escolher que tipo de energia usar, para aquecer a água do seu banho".



O segundo fato é que para gerar energia elétrica nas usinas gasta-se muita água. 90% da água utilizada pelas usinas termelétricas evaporam, comprometendo assim a disponibilidade hídrica para outros usos nos rios brasileiros. Se alocarmos o consumo de água das usinas termelétricas aos distintos usos de eletricidade, a parte que cabe aos chuveiros elétricos é de aproximadamente 48 litros por domicilio por dia. Deste resultado podemos afirmar que o uso de aquecedores solares economiza cerca de 17.000 litros de água por ano e por domicilio. Para a cidade de São Paulo, com seus mais de 11 milhões de habitantes, a hipotética substituição dos chuveiros por aquecedores solares economizaria mais de 48 bilhões de litros de água por ano, e levando em consideração os 20 anos de vida útil que o equipamento solar tem, teremos economia de 960 bilhões de litros de água.


Segundo Faria, "podemos ainda analisar a questão do aquecimento solar por outro aspecto, a poluição gerada pelas termelétricas tem aspectos locais e globais, ligados diretamente às mudanças climáticas causadas pela queima de combustíveis fósseis. Os aquecedores solares têm muito a contribuir, e isto foi percebido pela maioria dos tomadores de decisão a nível global, como comprova a pesquisa realizada pela ONU em 2007".


A International Union for Conservation of Nature, realizou uma pesquisa que procurava avaliar quais tecnologias disponíveis que inspiravam mais confiança em sua capacidade de combater o aquecimento global. A pesquisa foi aplicada durante a reunião da Convenção do Clima da ONU (UNFCCC), realizada em Bali em dezembro de 2007 e o resultado apresentou que a solução com maior índice de aprovação na pesquisa, foi o uso de energia solar para aquecimento de água (74%). Nesta pesquisa, a IUCN ouviu mil integrantes de governos, de organizações não governamentais e do setor industrial de 105 países. (Texto Fonte Alessandra lopes - alessandra.lopes@mcocom.com.br

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