domingo, 27 de junho de 2010

O homem e a crise

Tudo bem, a mulher evoluiu e o homem ainda enfrenta crise de identidade. Assim terminei meu papo com Cacilda - minha melhor amiga - ciente de que o sucesso dela deixou muitos homens assustados. Ela sempre deixou claro que as mulheres não querem ocupar os espaços dos homens, pois a imagem do homem, da figura masculina é muito importante. Mas, debates à parte, do papo com Cacilda sobraram alguma lições:


A primeira é que eu fiquei pensando no colega de bar Geraldo. O boteco é o lugar onde ele fala alto e com muita "responsa", mas em casa, coitado... Na frente de Irene, mulher ativa, independente e decidida, Geraldo afina. Com ela, Geraldo é sensível e incapaz de levantar a voz. Objetiva, na casa de Irene, Geraldo se "amoita"...


Já Manoel é um saudosista que vive do passado, das lembranças das suas farras do tempo de solteiro. A paixão por Odete já passou. Só sobraram restos.... E Odete deixa Manoel profundamente irritado. Até quando este casamento durará?


Marina começa a se destacar na profissão, superior completo, pós graduação e bom emprego. Marina está ganhando bem e divide o leite das crianças com José que sente-se estabilizado, bom emprego, bom salário, mas já começa a se irritar com a perda do papel principal dentro de casa. Sei lá.... Acho que José pode entrar em pânico profundo! Sorte dele que não tem uma rival e sim parceira. E que parceira!


Na casa de Haroldo e Luiza a coisa pega: as comparações e a competição entre ambos pode acabar mal. Haroldo quer ganhar mais que Luiza. Ocorre que a mulher está numa empresa em franco desenvolvimento e ocupa cargo de projeção. Este  jogo não vai terminar em um a um...


Foi assim de casal em casal que Pedro apareceu nesta história. Casado com Maria Helena, o relacionamento está na berlinda. Pedro me lembra um sujeito que conheci na adolescência, mau humorado, irritado e que não consegue expressar seus sentimentos. Pedro está bloqueado e Maria Helena bronqueada...


Já Benito só quer trabalhar e deixa a mulher em casa cuidando dos filhos, se irrita quando a esposa quer falar sobre os problemas de escola do filho ou sobre a faxineira que não limpa direito a sala de estar. Deixa estar...
Desse jeito Benito vai acabar só falando com o dinheiro.


Doni já confirmou: não vai casar. Quer mais aproveitar a vida e sai de fininho quando alguma mulher toca na palavra casamento e vamos tocando em frente! Doni quer sexo três vezes ao dia com três mulheres diferentes. Nada de viadagem, diz. Diferente de Onofre que aceitou bem o papel de "dono de casa". Limpa, lava e leva os filhos para a escola numa boa: acompanha o desempenho escolar dos filhos. Mas a masculinidade continua ativa. Onofre nunca sentiu seu lado masculino ameaçado pelo lado feminino.


O B. M., bem, este cara está confuso. Seu relacionamento com M. foi terrível e ele passou a ter dúvidas sobre sua opção sexual. Ele ainda gosta de mulheres, mas começa a ter um comportamento "meio duvidoso" quando homens bonitos ou atraentes se aproximam. Onde chegará esta indefinição?


Bem, Cacilda foi incisiva comigo: o marido ideal é participativo e não compete com a mulher. O modelo tradicional de família está em evolução.

2 comentários:

  1. Caro Giba, acho que os relacionamentos são muito dinamicos. Tudo é talvez aparentemente estático, mas o movimento é a própria vida. O que é suportável hoje, pode não ser mais amanhã, e quando fica insuportável uma atitude, ou um conjunto delas, a volatividade de nossos tempos se incumbe do resto, vai cada um para onde quiser. Quando um estoura com o outro (e por incrivel coincidencia os que estouram mais - e não importa o sexo - são os que ganham mais), o outro geralmente engole seco e segura a barra, assumindo sua inferioridade numérica (ou numerária) na relação. Aguenta até que as coisas mudem, ou mesmo quando surge uma oportunidade de mudar; pois a partir daí, sai de baixo, pois um trator volta para cima do "opressor" e vai embora deixando-o atordoado no chão. Vai à procura de alguém melhor.
    Abraço
    Omar

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  2. O maior problema de todos os relacionamentos entre o homem e a mulher é que ambos levam muito mais em consideração a aparência física.
    O homem quer uma mulher bonita e a mulher quer
    um bomem bonito. A atração é fatal! Agem por impulso e esquecem o que é racional.
    Não se dão um tempo de se conhecerem; saber se
    têm afinidades; se são pessoas de boa índole, bom caráter; se suas idéias são compatíveis e tudo mais que um bom relacionamento requer.
    Competição não deve existir em um casal. Um deve ajudar o outro nos momentos difíceis; incentivar, dar força quando o desânimo acontecer. Casamento, a palavra já diz, é união. É parceria, é solidariedade; respeito e amor. E amor é querer ver o outro feliz.

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