segunda-feira, 4 de outubro de 2010

De palhaçarias



Palhaçadas começam quando o nível abaixa. Não podemos cobrar seriedade de alguns se agimos de modo rasteiro com nossos adversários. Soltar spam atacando a honra e a vida das pessoas, soltar notas inverídicas nos diversos meios de comunicação para poder emplacar o candidato preferido.

Cadê a honradez, a lisura?

Se palhaços não queremos ser, não podemos querer que se proliferem as piadinhas difamatórias que correm soltas por meio eletrônico....

Se palhaços não queremos ser, não podemos louvar certos programas de televisão....

O nível começa em casa, na família, no trabalho e assim por diante.

Na verdade, os programas políticos desta era do espetáculo foram todos despolitizados e ficamos na mão de produtores mais inteligentes (?) que conseguem enganar a (quase) todos.

Se devemos criticar o palhaço ou todos os palhaços do circo, então precisamos criticar a dona de casa que toma o lugar do marido na campanha, sem saber o que está fazendo. Devemos impedir de qualquer jeito aquele que sabemos que só vai entrar na vida pública para nos levar pra privada. Ou impedir aquele que sabemos que tomará e -"sempre toma" - de assalto nossos cofres. Somos palhaços quando pedem nosso voto e nos prometem cumprir mandatos e não cumprem? Somos palhaços quando nos enganam com trocadilhos e outros badulaques e sorrimos de alegria porque acreditamos que é assim mesmo....


Somos palhaços quando trocamos nosso voto por promessa de emprego, por assistencialismo, para favorecer nossos amigos?

O funambulesco é a crítica pessoal. "Não voto em sicrano por que não gosto dele. Não voto em fulana  por que não concordo com sua vida sexual, não voto em beltrano por que não gosto e dái não faço nenhuma questão de um dia vir a gostar" E outras mais e etc...

O ridículo é o atestado que nos querem dar: um diploma sem escola, um certificado de burrice ao nos convencer que somos todos ridículos e somente os "profissionais" é que entendem de política. Pior palhaçada é a cesta básica medicamentosa que nos enviam: um colírio vencido ou um par de óculos escuros riscados...

O burlesco – se não for coisa pior – é darmos de mão beijada um mandato para um político e ele vir nos cobrar trabalho! Quem deve trabalhar é ele! Quem lhe deu o voto fomos nós!


Nosso voto feito palha, palhaço, esfarela nas nossas próprias mãos!

Quem é o ridículo?

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