Amanhã, quando os brasileiros irão às urnas, você, mineirinho, completará 108 anos, justo tú que quando nasceu "um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! Ser gauche na vida." Você, poeta, não está mais aqui para ver o bonde passar "cheio de pernas brancas pretas amarelas".
Dia 31 de outubro e a "roda do povo despetala-se" e você que achou ser chato ser moderno "Agora é eterno."
Quem sabe alguns preparem uma canção amiga para embalar nossos sonhos ou desbaratem uma quadrilha em homengem ao José, a todos Josés desse País de luis, inácios, silvas e andrades.
Na mesa beberemos, urubus olharão. E vamos seguindo na calmaria burocrática de nossos dias, amando, tecendo nosso amor:
"O meu amor é tudo
que morrendo, não
morre tudo e fica
no ar parado."
Carlos Drummond de Andrade
proveitem e visitem o site do Carlos:
http://carlosdrummonddeandrade.com.br/
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