quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

De Wando a Márcia Maria, saudades.


Enquanto o brasileiro consumia as notícias da morte do cantor Wando - então chamado de cantor brega, o "rei das calcinhas" e seus fãs depositavam as últimas lembranças deste artista que embalou corações, pouco foi noticiado sobre a morte a atriz Márcia Maria. Enquanto Wando morreu depois de estar internado vitimizado por um ataque cardíaco. O cantor morreu, aos 66 anos,  no dia 8 de fevereiro de insuficiência cardiorrespiratória, deixando esposa, filhos e netos.
Márcia Maria morreu na tarde da mesma quarta-feira, 8 de fevereiro,  aos 67 anos. a atriz teve uma forte hemorragia após sofrer uma queda, causada por um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Sozinha em seu apartamento, Márcia foi socorrida por uma vizinha e levada com vida para o Hospital da Vila Alpina, mas não resistiu.
A atriz Márcia Maria foi consagrada por seus trabalhos na televisão, como a personagem Guida de “As Pupilas do Senhor Reitor”.  Em 1971, Márcia viveu Veridiana, a principal personagem feminina de Os Deuses estão Mortos, de Lauro César Muniz, considerado uma dos melhores textos de telenovela.
Foi a precursora dos programas femininos, após o fechamento da TV Tupi, Márcia foi aapresentar o Programa A mulher dá o recado, na antiga TV Record. Linda, Márica permanecia quatro horas no ar e ganhou o prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte). Voltou a fazer novelas no SBT, Bandeirantes e Record. Além disso, atuou no teatro em peças como Morte e Vida Severina e Como o Vento, de Ronaldo Ciambroni.
Wando morreu ainda no auge de sua carreira. Enquanto estava no dando aulas de artes dramáticas em comunidades carentes de São Paulo em parceria com a Prefeitura. A atriz se preparava para voltar aos palcos em 2012.
Cada qual com suas especialidades e encantos deixarão saudades.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A velhinha da Glória

Quem vê a velhinha graciosa e saltitante passear pelas ruas de Copacabana, faceira, leve e feliz nunca imagina seu passado. Ela é como um presente perpétuo. Na Glória de antigamente, a velhinha era imbatível com seu charme circulando pelas ruas do Russel, do Catete, pela ladeira da Glória e na Praça Nossa Senhora da Glória.
Não tinha páreo para ninguém tanta beleza deixava o mocinho de queixo caído.  Aquele corpinho graúdo, carioca, bronzeada pelo sol a perambular pelas ruas invoca pensamentos duvidosos nas mentes dos rapazes apaixonados. Ela não era fraca não! Teve muitos homens aos seus pés. Do bonitão tipo saradão da praia do Leblon ao feio e charmoso de qualquer canto da cidade todos se rendiam aos seus encantos.
Quando jovem e faceira arrumava um tempo para ir à praia, vestia-se num biquíni preto para quebrar as ondas e os olhos da masculinidade praiana e quiçá de meninas apaixonadas... já estávamos em tempos modernos e por intermédio de algumas fontes soube do amor de meninas por ela. Mas, sem preconceito, escolhera o gênero masculino.
Hoje quando eu a vejo na Avenida Atlântica caminhando para manter a forma esboço um sorriso de felicidade. Há se todas as mulheres fossem iguais a ela! Eu penso na ampliação da felicidade masculina.
Quando caia na noite varava a madrugada e adorava terminá-la namorando a lua e o sol chegando quase ao mesmo tempo.
Certa vez resolveu soltar a voz na areia da Barra. Pessoas estupefatas com o vozeirão que saia daquele mignon meigo e delicado. A galera parou para ouvi-la, os urubus assustados correram. A voz fluía em pedidos de bis.
E quando, delicada, resolveu dançar em praça pública! Rebuliço. Alvoroço. O namorado não entendia nada, atônico e perplexo. Foi o fim. Foi o fim mesmo. E ela detestava miolo mole e quadril pesado. Tinha que dançar, beber e amar muito.
Faceira caminha atualmente pelas ruas da cidade a contar histórias para seus netinhos e ensinando a viver plenamente com alegria e trabalho. Sim, pois mesmo com tanta beleza ela não quis vida fácil. Foi à luta, montou seu negócio, vendia imóveis, vendia seguros e automóveis. Sempre com um largo sorriso no rosto a ensinar para os mais novos o encanto da vida.
Quem gosta desta cena é um antigo namorado dos tempos da Glória que a vê pacientemente sentada num banco da praça e logo em seguida andando de mãos dadas com as crianças cantando mansamente uma canção bonita.
A velhinha esperta namorou muito. Casou, separou, casou, separou, casou, separou, parou. Sim, teve uma hora que cansou e “só namorou” e “só namora” até hoje. 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Pontes do passado


Por aqueles caminhos não mais passaremos
Ficaremos de volta ao passado admirando a paisagem
Onde dia e noite
horas a fio
sentíamos a brisa das manhãs.


As árvores foram cortadas.
O lago poluído.
A ponte quebrada.
As palavras secaram.

O trilho cimentado
impermeabiliza nosso sentimento.

Aquele raio de luz ainda deve vagar por algum lugar.


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Simetria

Foto: Gilberto da Silva/p@rtes
Já tentei ver simetria onde nada havia
Procurei a noite onde o dia existia.

Não, não temos espaços tão vazios
apenas não ocupamos nossos dias
como devíamos.

Se volto para a claridão do Sol
uma cadeira
um guarda
um sol
um dia
não havia

Contarei todas as linhas,
delimitarei as retas
ou molharei meus pés na água fria.

Miguel, o cavaleiro da honestidade

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Revista Virtual Partes - Livros - Movendo a aridez da Física

Em seu primeiro livro, Margarete Hülsendeger, gaúcha natural de Porto Alegre, professora de Física em escolas particulares une o conhecimento racional e experiência em salas de aula para além da dureza das "exatas" introduzir quase que meigamente pedras como Einstein, Paracelso, Kelpler, Galileu, Giordano Bruno e Heisenberger entre outros.

Revista Virtual Partes - Livros - Movendo a aridez da Física