quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O Bom das eleições



O bom da eleição é que nossas máscaras caem, nossas idiosincrasias ficam mais evidentes e nela nos revelamos. Em alguns o autoritarismo aflora, em outros a subserviência voluntária ou não se evidencia. Nós nos revelamos mais machistas, racista, intolerante, mais preconceituosos, às vezes até mais obtusos e superiores! Desqualificamos o adversário, marginalizamos o outro e desprezamos a ética. Mas existe caso – poucos – que nasce o amor, onde havia ódio, prazer – onde havia desprazer e assim “são franciscanamente” atingimos o centro da felicidade.

O bom das eleições é essa diversidade de opiniões- e ainda bem que temos eleições, não é? O bom das eleições é que alguns são capazes de discernir no embate político o caráter de seus atores: guerrilheiros, pistoleiros, sanguessugas, revolucionários, conservadores, reacionários, enganadores, ambientalistas, desmatadores, matadores, palhaços, idiotas, socialistas, capitalistas e por ai afora....

Como é bom ter eleições! Assim, despertamos nosso lado sadio postando na internet videozinhos chulos, preconceituosos, difamadores e mentirosos. E pior, rimos disso tudo! O famoso assessor de Hitler (seria o marqueteiro de hoje) Joseph Goebbels já dizia “uma mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade”.
O bom das eleições é que seres estudados, diplomados, que em certos momentos se consideram elites da inteligência, falam suas asneiras, cometem seus pecados (mas quem não comete?).

O bom das eleições é que jornalistas tomam partido; veículos escolhem seus candidatos; cabos eleitorais defendem seus pares e – aqui no Brasil ainda – no dia seguinte à eleição estão todos juntos falando do próximo jogo de futebol, da mulher alheia, do homem bonitão, do sapatinho novo ou da nova marca de carro (espera-se pelo menos que seja sustentável) e alguns já pensando no BBB.

O bom das eleições é que nossos nervos ficam à flor da pele e assim ajudamos nossos cardiologistas....

O bom de todo processo eleitoral é que nossa postura moral é posta a prática. Alguns transgridem, outros agridem. Vamos sempre no link da detonação e do escárnio e de “mala” em “mala” de “post” em “post” mudando nossas opiniões conforme a divulgação das pesquisas eleitorais.

O bom senso e a prudência perdem o sentido num debate acalorado. Numa “tuitada” e em 140 caracteres lá se foi o discernimento... E assim acabamos por nos envolver em pequenas complicações.

O bom das eleições num espaço democrático é que alguns continuam retos em seus propósitos políticos e outros mudam conforme o andar da carruagem ou dos cargos que lhe são oferecidos.

O bom das eleições é que muitas pessoas perdem a oportunidade de ficar quieto, assim como eu.

Gilberto da Silva

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Caótica Parafernália

Há muito tempo eu venho escrevendo sob tensão, raiva e medo. Tensão, raiva e medo. As vezes só com tensão (outras só com tesão), ou com raiva ou com medo. Há muito tempo escrevo com ódio e mais nada, nada. Nada como o vazio do próprio ser.
O que me faz a raiva? O que me traz o medo? Por que a tensão? (Cadê o tesão?). Tensão e raiva e medo.
Ódio? Que ódio, que medo? Nervos, raiva e ódio...

Viver morrendo, morrer vivendo: simples trocas...

Cheguei ao caos – caótico -, anti, ANTI: o animal radical, radical? (e se for sufixo?)
Antifilosofia, ou antesfilosofia? Antiherói (o que morreu morreu ficou prá trás), anticristo, antidiabo, antisatanás, antianimal. Antigamente.... tudo era tão diferente???

Há muito tempo escrevo sob tensão, raiva e medo. Raiva, medo e ódio.
LACÔNICO – não de lacunas, mas breve, curto, conciso. Duro, animal emergido do nada.
Duro como pedra, como aço – metal, metálico. Vi mundo caírem aos meus pés, ao meu redor. Psicodélico vi objetos voadores não identificados, ufos, UFA!, antidroga, anti-humano, antílope (veloz, carrega a dor da passagem)

“Da vida ao meio da jornada, tendo perdido o caminho verdadeiro, achei-me embrenhado em selva escura” (A Divina Comédia, Dante Alighieri)

Antitudo, antinada, antitodos. Escrevo sobre o nada com raiva, medo e ódio. Caído dos céus, dos céus das vagas estrelas dos homens. Sem nada para o fim, o infinito fim? Perdido.

Existem três alternativas: 1) Viver 2) Morrer 3) Estar perdido para sempre.
Não existe mais saídas no mundo do caos, Laos, paus, sao, maos, Que alternativas existirão?  Nada mais será asneira e sim tudo besteira.
Antiladrão, antipatrão, antiilusão no mundo do medo, cedo, azedo e sofrido, mas com pinta de alegre, democrático (de que riem os democratas?) asiático, asmático, enfático, panfleteador, funcionário público. Sem mais nada.
Antiparadisíaco (Paraíso?) O de Eva? Ou lá pelas bandas da Vergueiro? Antilúcido, anti anti o onteontem.

“Pepe satan, Pepe satan, aleppe” A Divina Comédia – Dante Alighieri

Há certas ocasiões que escrevo com sonho, com sonho de sonhar o impossível. Ocasiões em que penso não mais pensar o impensável.
Muitas vezes nada escrevo pelo medo de ser censurado, cortado, malhado (sob a desculpa de ser melhorado). Sem nada de informações, escrevo malhado e molhado com raiva. E com medo daquele mundo caótico, católico, apostólico e bibliânico.

Abismo: lugar muito profundo na terra.   Será que nos enfiaremos? Sairemos?


Acordo: Deus fez com o povo de Israel; os empresários fizeram com os metalúrgicos e não cumpriram; Sadat com Israel, do Diabo com o Satanás, do carro com o novo preço da gasolina e coma poluição do ambiente. Acordos que são feitos sobre pressão, prisão, depressão e depressinha.
“Esta é a mensagem daquele que é o Primeiro e o Último (Alfa e Omega) que tornou a viver” (Bíblia). Será o Diabo o Meio?

“Os que conseguirem a vitória não sofrerão a segunda morte” (Bíblia) os que forem derrotados PACIÊNCIA!

sábado, 9 de outubro de 2010

O ambientalismo tardio

Minha dissertação de mestrado:
O ambientalismo tardio: a Amazônia como temática ambiental no jornalismo impresso paulista
está disponível em vários links entre eles:



http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=125347


http://www.facasper.com.br/pesquisas/pesquisa/index.php/o-ambientalismo-tardio-a-amazonia-como-tematica-ambiental-no-jornalismo-impresso-paulista,39.html


http://www.ufmt.br/gpea/pub/gilberto_da_silva_o_ambientalismo_tardio.pdf




resumo:
Este trabalho analisa a temática ambiental Amazônia no jornalismo impresso paulista a partir da metodologia de análise de conteúdo dos textos publicados nos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo. Compreendemos a natureza contemporânea da região amazônica como resultado expressivo de transformações ocorridas na sociedade determinadas pelo paradigma do desenvolvimento predatório. O objetivo é contribuir para a análise do problema amazônico e sua interface com a mídia e constatar os principais interesses; polêmicas e conceitos divulgados pela mídia; e identificar como a Amazônia é retratada nos dois maiores veículos de comunicação de São Paulo. O trabalho tem sua base teórica fundamentada na comunicação de massa e na análise do processo de construção da notícia ancorada na tematização e em textos que abordam as relações do capitalismo e do mercado; assim como a crítica ao pós-modernismo e ao crescente processo de mercantilização da natureza. Reflete também sobre o conceito de desenvolvimento sustentável; o desmatamento; as certificações; questão da internacionalização e soberania do território. O trabalho detecta que estamos vivendo um período que caracterizamos como ambientalismo tardio em que os meios de comunicação de massa passam a incorporar em sua agenda a questão ambiental.




http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=125347

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Umapaz lança campanha ‘Silvestre não é PET'

A campanha ''Silvestre não é PET'' tem como objetivo desestimular a população a comprar animais silvestres. Por meio de orientação e informação, a campanha mostrará como os animais sofrem maus tratos durante sua captura e o prejuízo para o meio ambiente.A campanha visa conscientizar e informar a população, desestimulando a compra de animais silvestres no País.
Biodiversidade em São Paulo
A
Secretaria Municipal do Verde divulgou, neste ano, uma listagem com 700 espécies de animais silvestres observadas em áreas verdes na capital paulistana. A listagem é o ponto de partida para a elaboração de planos de manejo e de conservação de áreas verdes, sendo importante ferramenta para o monitoramento ambiental. O Inventariamento Faunístico em Áreas Verdes do Município de São Paulo é realizado pela Divisão de Fauna da Secretaria desde 1993.
Foram computadas 700 espécies, uma riqueza surpreendente para a cidade mais populosa da América do Sul, condição em que justamente o oposto é o mais esperado. As espécies estão distribuídas em três grupos de invertebrados e cinco grupos de vertebrados.

Automóvel
O Salão do Automóvel de Paris revelou ao público uma nova estratégia: associar carros elétricos e híbridos à ideia da esportividade e alto desempenho.  As montadoras apostam em estilo, luxo, tecnologia e desempenho para voltar a seduzir os consumidores e fortalecer uma tendência: os carros high tech ou movidos a energias alternativas.
Academias para idosos
Nossas áreas verdes estão sendo revitalizadas e, com isso, ganham academias adaptadas para idosos com diversos aparelhos para a prática saudável de exercícios.
Adaptados para idosos, os aparelhos de ginástica também atraem jovens e servem de palco para aulas de ginástica.

Reciclagem
Nada se perde tudo se cria, ou se recria. Reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora.  A reciclagem traz os seguintes benefícios: contribui para diminuir a poluição do solo, água e ar; melhora a limpeza da cidade e a qualidade de vida da população; prolonga a vida útil de aterros sanitários; melhora a produção de compostos orgânicos; gera empregos para a produção não qualificada; gera receita com a comercialização dos recicláveis; estimula concorrência, uma vez que produtos gerados a partir dos reciclados são comercializados em paralelo aqueles gerados a partir de matérias primas virgens; contribui para a valorização da limpeza pública e para formar uma consciência ecológica.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A pequena empresa e a sustentabilidade

Gilberto da Silva

As pequenas empresas podem fazer muito para ajudar a implantar políticas e práticas sociais e de sustentabilidade. Bom lembrar que os micros e pequenos empreendimentos representam 99% das empresas brasileiras e empregam mais de 50% da mão de obra nacional, segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) organização que busca trabalhar a questão ambiental nas empresas. 

Através de pequenas ações como a racionalização do processo produtivo tomando medidas para diminuir o desperdício de matéria-prima e na luta pela racionalização do uso da água e energia elétrica, diminuindo o consumo e com reflexos no custo dos seus produtos e serviços.

As empresas podem trabalhar para reduzir o impacto ambiental no controle da destinação dos efluentes líquidos e dos resíduos sólidos, controlarem as emissões aéreas (gases, poeira e fumaça) e diminuírem o ruído durante o processo produtivo.
Aos poucos as pequenas empresas vão descobrindo que é possível ganhar dinheiro, gerar lucro sendo ambientalmente responsável e por tabela melhorar a sua imagem no mercado. Panificadoras, oficinas mecânicas, gráficas, pequenas lojas de autopeças e pequenas fábricas podem ao aplicar conceitos de sustentabilidade que visem uma produção mais limpa e eficiência energética, ampliarem a sua rentabilidade.

As pequenas empresas podem promover noções de consumo consciente entre os funcionários e realizar a coleta seletiva do lixo; trabalhar na substituição de ventiladores por filtros movidos a energia eólica e aperfeiçoar o processo de uso e despejo de óleo ou melhorando o processo de separação de metais e papéis.

Tudo em sintonia com o orçamento da empresa. Custo em sintonia com o orçamento. Nada que possa estourar e tornar impossível uma ação que está ao alcance de todos. Um modelo de negócio sustentável deve estar em consonância com a preservação e recuperação ambiental, com a justiça social e a cultura local.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

De palhaçarias



Palhaçadas começam quando o nível abaixa. Não podemos cobrar seriedade de alguns se agimos de modo rasteiro com nossos adversários. Soltar spam atacando a honra e a vida das pessoas, soltar notas inverídicas nos diversos meios de comunicação para poder emplacar o candidato preferido.

Cadê a honradez, a lisura?

Se palhaços não queremos ser, não podemos querer que se proliferem as piadinhas difamatórias que correm soltas por meio eletrônico....

Se palhaços não queremos ser, não podemos louvar certos programas de televisão....

O nível começa em casa, na família, no trabalho e assim por diante.

Na verdade, os programas políticos desta era do espetáculo foram todos despolitizados e ficamos na mão de produtores mais inteligentes (?) que conseguem enganar a (quase) todos.

Se devemos criticar o palhaço ou todos os palhaços do circo, então precisamos criticar a dona de casa que toma o lugar do marido na campanha, sem saber o que está fazendo. Devemos impedir de qualquer jeito aquele que sabemos que só vai entrar na vida pública para nos levar pra privada. Ou impedir aquele que sabemos que tomará e -"sempre toma" - de assalto nossos cofres. Somos palhaços quando pedem nosso voto e nos prometem cumprir mandatos e não cumprem? Somos palhaços quando nos enganam com trocadilhos e outros badulaques e sorrimos de alegria porque acreditamos que é assim mesmo....


Somos palhaços quando trocamos nosso voto por promessa de emprego, por assistencialismo, para favorecer nossos amigos?

O funambulesco é a crítica pessoal. "Não voto em sicrano por que não gosto dele. Não voto em fulana  por que não concordo com sua vida sexual, não voto em beltrano por que não gosto e dái não faço nenhuma questão de um dia vir a gostar" E outras mais e etc...

O ridículo é o atestado que nos querem dar: um diploma sem escola, um certificado de burrice ao nos convencer que somos todos ridículos e somente os "profissionais" é que entendem de política. Pior palhaçada é a cesta básica medicamentosa que nos enviam: um colírio vencido ou um par de óculos escuros riscados...

O burlesco – se não for coisa pior – é darmos de mão beijada um mandato para um político e ele vir nos cobrar trabalho! Quem deve trabalhar é ele! Quem lhe deu o voto fomos nós!


Nosso voto feito palha, palhaço, esfarela nas nossas próprias mãos!

Quem é o ridículo?

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Política Nacional de Resíduos Sólidos

Foi sancionada a lei que cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos (lixo) no país. É uma revolução em termos ambientais no Brasil. Falta ser sancionada. 
De um lado, a lei ajudará na valorização da profissão dos catadores. De outro lado, trará mais responsabilidade para os gestores públicos acabar com os lixões. Com a sanção da lei, o Brasil passa a ter um marco regulatório na área de resíduos sólidos.A lei enfatiza a redução, o reuso e o reaproveitamento fazendo a distinção entre resíduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) e rejeito (o que não é passível de reaproveitamento). A lei se refere a todo tipo de resíduo: doméstico, industrial, construção civil, eletroeletrônico, lâmpadas de vapores mercuriais, agrosilvopastoril, da área de saúde, perigosos etc.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos reúne princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes para a gestão dos resíduos sólidos. O projeto de lei, que tramitou por mais de 20 anos no Congresso Nacional até que fosse aprovada, responsabiliza as empresas pelo recolhimento de produtos descartáveis (logística reversa), estabelece a integração de municípios na gestão dos resíduos e responsabiliza toda a sociedade pela geração de lixo.

São diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos:
I - proteção da saúde pública e da qualidade do meio ambiente; II - não-geração, redução, reutilização e tratamento de resíduos sólidos, bem como destinação final ambientalmente adequada dos rejeitos; III - desenvolvimento de processos que busquem a alteração dos padrões de produção e consumo sustentável de produtos e serviços; IV - educação ambiental; V - adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias ambientalmente saudáveis como forma de minimizar impactos ambientais; VI - incentivo ao uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados; VII - gestão integrada de resíduos sólidos; VIII - articulação entre as diferentes esferas do Poder Público, visando a cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos; IX - capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos; X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação de serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira; XI - preferência, nas aquisições governamentais, de produtos recicláveis e reciclados; XII - transparência e participação social; XIII - adoção de práticas e mecanismos que respeitem as diversidades locais e regionais; e XIV - integração dos catadores de materiais recicláveis nas ações que envolvam o fluxo de resíduos sólidos.

Reflexos positivos
A implantação da lei poderá trazer reflexos positivos no âmbito social, ambiental e econômico, ajudando a diminuir o consumo dos recursos naturais e proporcionando a abertura de novos mercados. Vai gerar trabalho, emprego e renda e conduzir à inclusão social. A expectativa é que ocorra uma diminuição dos impactos ambientais provocados pela disposição inadequada dos resíduos.
Gilberto da Silva
econotas@partes.com.br