sábado, 3 de julho de 2010

Atitude Ambiental

Para que possamos atingir metas de responsabilidade ambiental e promover melhoria da qualidade de vida para todos é preciso tomar atitude! Algumas atitudes já estão sendo tomadas, vejamos:
No dia 19 de junho, a Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) em parceria com a Subprefeitura Ipiranga, Supervisão de Saúde, Supervisão de Educação e representantes de ONGs, Associação de Moradores e da Iniciativa Privada promove no Jardim São Savério, o Dia da Atitude Ambiental, que será realizado na Praça Jardim São Savério, que fica na Rua Memorial de Aires, 480, das 9h às 15h.
Serão realizadas oficinas para ensinar a confeccionar vasos anti-dengue, exposições de trabalhos feitos a partir de materiais recicláveis, mutirão de limpeza e coleta de lixo eletrônico, como pilhas e baterias. O Dia da Atitude Ambiental terá tendas temáticas, palestras, exibição de vídeos e monitores que vão explicar e distribuir cartilhas informativas,. Está programada uma grafitagem e performance interativa do personagem Caipira, artista popular do local. Um caminhão multimídia da Eletropaulo e postos volantes do Banco do Povo e do MEI (Micro Empreendedorismo Individual) também estarão à disposição da população.


Outra atividade é o curso “Verde em Ação” promovido pelo Cades Ipiranga – Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz da Subprefeitura Ipiranga e que está sendo realizado neste mês de junho. São aulas ministradas por profissionais da UMAPAZ (Universidade Aberta de Meio Ambiente e Cultura de Paz – Secretaria do Meio Ambiente) e que estão sendo realizadas na Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas.
O curso é voltado para formadores de opinião, educadores, conselheiros do Cades Ipiranga, articuladores locais e tem como objetivo levar conceitos e ferramentas de educação ambiental que possam ser reaplicados e utilizados na busca de alternativas de desenvolvimento para uma maior interação entre as pessoas e o meio ambiente.


Estas ações somadas ao trabalho de educação ambiental desenvolvido pelos professores, alunos e comunidade da EMEF José do Patrocínio, no Jardim Santa Cruz e o plantio de árvores (somente no mês passado foram plantadas cerca de 1.000 árvores no canteiro central da Avenida Tancredo Neves) contribuem para estimular os moradores a adotarem hábitos saudáveis em prol da defesa do meio ambiente. Mais atitudes virão!


econotas@partes.com.br

domingo, 27 de junho de 2010

O homem e a crise

Tudo bem, a mulher evoluiu e o homem ainda enfrenta crise de identidade. Assim terminei meu papo com Cacilda - minha melhor amiga - ciente de que o sucesso dela deixou muitos homens assustados. Ela sempre deixou claro que as mulheres não querem ocupar os espaços dos homens, pois a imagem do homem, da figura masculina é muito importante. Mas, debates à parte, do papo com Cacilda sobraram alguma lições:


A primeira é que eu fiquei pensando no colega de bar Geraldo. O boteco é o lugar onde ele fala alto e com muita "responsa", mas em casa, coitado... Na frente de Irene, mulher ativa, independente e decidida, Geraldo afina. Com ela, Geraldo é sensível e incapaz de levantar a voz. Objetiva, na casa de Irene, Geraldo se "amoita"...


Já Manoel é um saudosista que vive do passado, das lembranças das suas farras do tempo de solteiro. A paixão por Odete já passou. Só sobraram restos.... E Odete deixa Manoel profundamente irritado. Até quando este casamento durará?


Marina começa a se destacar na profissão, superior completo, pós graduação e bom emprego. Marina está ganhando bem e divide o leite das crianças com José que sente-se estabilizado, bom emprego, bom salário, mas já começa a se irritar com a perda do papel principal dentro de casa. Sei lá.... Acho que José pode entrar em pânico profundo! Sorte dele que não tem uma rival e sim parceira. E que parceira!


Na casa de Haroldo e Luiza a coisa pega: as comparações e a competição entre ambos pode acabar mal. Haroldo quer ganhar mais que Luiza. Ocorre que a mulher está numa empresa em franco desenvolvimento e ocupa cargo de projeção. Este  jogo não vai terminar em um a um...


Foi assim de casal em casal que Pedro apareceu nesta história. Casado com Maria Helena, o relacionamento está na berlinda. Pedro me lembra um sujeito que conheci na adolescência, mau humorado, irritado e que não consegue expressar seus sentimentos. Pedro está bloqueado e Maria Helena bronqueada...


Já Benito só quer trabalhar e deixa a mulher em casa cuidando dos filhos, se irrita quando a esposa quer falar sobre os problemas de escola do filho ou sobre a faxineira que não limpa direito a sala de estar. Deixa estar...
Desse jeito Benito vai acabar só falando com o dinheiro.


Doni já confirmou: não vai casar. Quer mais aproveitar a vida e sai de fininho quando alguma mulher toca na palavra casamento e vamos tocando em frente! Doni quer sexo três vezes ao dia com três mulheres diferentes. Nada de viadagem, diz. Diferente de Onofre que aceitou bem o papel de "dono de casa". Limpa, lava e leva os filhos para a escola numa boa: acompanha o desempenho escolar dos filhos. Mas a masculinidade continua ativa. Onofre nunca sentiu seu lado masculino ameaçado pelo lado feminino.


O B. M., bem, este cara está confuso. Seu relacionamento com M. foi terrível e ele passou a ter dúvidas sobre sua opção sexual. Ele ainda gosta de mulheres, mas começa a ter um comportamento "meio duvidoso" quando homens bonitos ou atraentes se aproximam. Onde chegará esta indefinição?


Bem, Cacilda foi incisiva comigo: o marido ideal é participativo e não compete com a mulher. O modelo tradicional de família está em evolução.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Praça adotada, área cuidada

Se você conhece uma praça, canteiro central de avenida, parque e remanescente de construção e quer que este espaço seja bem cuidado, converse com empresas a respeito ou adote você mesmo o espaço. É um bem para o bairro, para toda comunidade e para você também.

Qualquer munícipe pode participar e colaborar com a Subprefeitura e com seu bairro para cuidar de uma praça e deixar a região mais bonita. Para isso existem os termos de cooperação. Os termos de cooperação são uma parceria entre a Subprefeitura e os munícipes, sendo pessoas físicas ou jurídicas.

A parceria entre o poder público e empresas particulares visa dotar a cidade de áreas verdes bem mais cuidadas, demonstrando que a divisão de responsabilidades proporciona bem-estar para a população e contribui para o embelezamento do município.

São inúmeras as vantagens ao adotar uma praça. A empresa adotante pode, com seu exemplo, incentivar os funcionários e outras empresas a se preocuparem com o meio ambiente. Além de manter os espaços sempre em ordem, garantindo a beleza paisagística e a qualidade de vida da comunidade local.

A Subprefeitura Ipiranga tem muitas áreas verdes em sua região. Na região da Vila das Mercês temos uma área adotada. É a praça André Nunes adotada por um casal que tem uma banca de jornal na praça e que cuidam com carinho do local há 13 anos. Mas é preciso mais, temos na região do Ipiranga mais de 40 praças!

A pessoa física ou jurídica que quiser cuidar de qualquer área verde deve procurar a Subprefeitura Ipiranga, informar o local de interesse e apresentar a documentação necessária.

Mas atenção; a adoção não pode ser feita de uma hora para outra. O adotante deve estar ciente que esta é uma decisão muito importante e deve ser encarada com muita responsabilidade.

terça-feira, 13 de abril de 2010

O que podemos fazer a pé?

Passear a pé, trabalhar a pé, comprar a pé são atitudes que podemos realizar para a construção de um mundo melhor. E para melhorar a nossa saúde.

Por que pegar automóvel para ir ao barzinho, cabeleireiro, lotérica, padaria se podemos deixar nossos carros nas garagens e caminhar. Carro não é vilão, mas ele tem grande responsabilidade pelos problemas ambientais e de saúde dos grandes centros urbanos.
Muitas vezes deixamos de realizar uma compra perto da nossa residência e vamos até um shopping de carro.


A nova lógica das grandes cidades deve ser a de vários centros e assim reduzir nosso tempo de deslocamento. Em tempos de aquecimento global, o ato de caminhar ganha status de atitude consciente. Mais do que uma maneira de se manter saudável, cada dia mais estudiosos, urbanistas e arquitetos defendem a necessidade de tratar esse hábito como um eficaz meio de transporte.



Andar a pé pode ser a melhor alternativa para o impasse da mobilidade paulistana. Mas é preciso que o poder público invista mais na qualidade das calçadas, no tapamento dos buracos, desníveis e depressões. Muito tempo esperando um semáforo abrir também irrita o pedestre. É biológico: quem anda não quer parar. Lembrete: muitos projetos lindos de calçadas são projetados por quem não anda e nunca andou a pé e nem respeita pedestre.


São inegáveis os benefícios de andar a pé proporciona. Caminhar ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares, 30 minutos diários bastam para ajudar a prevenir a diabetes, hipertensão, osteoporose. Andar a pé ajuda no sistema imunitário que é também estimulado e melhora consideravelmente a capacidade respiratória e o fortalecimento muscular.



Para não ficar apenas em lamentação, cantemos então, um trecho da música É Bom Andar a Pé de Wilson Simoninha:

“É bom andar a pé

sem sapato, sem direção a toa

na cabeça o sol

um boné

É bom andar a pé

devagar para aguentar o calor

e olhar a vista pro mar

melhor”

domingo, 6 de dezembro de 2009

os três erres e um quarto...

Reduzir
Para um bom começo na arte da sustentabilidade a primeira atitude que devemos tomar é reduzir o consumo e evitar o desperdício somados aos gastos excessivos que praticamos. Já pensou na quantidade de materiais que você tem em casa e que não usa? Já pensou na sua compra indiscriminada e sem critérios, itens perfeitamente dispensáveis?  São coisas simples. Substitua os guardanapos de papel pelos de pano; leve embalagens e recipientes de casa para fazer compra evitando o uso de sacos plásticas. Dê preferência a certos produtos em relação a outros como: lâmpadas de baixo consumo (fluorescentes) que são oito vezes mais duráveis que as incandescentes; cartuchos de impressora recarregáveis; produtos de embalagens recicláveis; produtos de embalagens retornáveis. Faça a opção por produtos a granel e alimentos frescos, evitando embalagens desnecessárias.  Evite desperdícios também na hora de preparar as suas refeições utilizando receitas saudáveis e que aproveita as “sobras” de alimentos.

Reutilizar
Um segundo passo e com certeza muito importante é o aproveitamento de tudo o que estiver em bom estado. Já pensou naquele vidro, naquele móvel ou naquela bolsa que você joga no lixo? Pense bem no uso racional de cada objeto. O desperdício é uma forma irracional de utilização dos recursos. Diversos produtos podem ser reutilizados antes de serem descartados. Podemos utilizar os dois lados do papel, confeccionar blocos para rascunhos com papel escritos ou impressos em apenas um dos lados; reutilizar envelopes e clipes; reutilizar latas, sacos e embalagens plásticas para vasilhames, e até mesmo brinquedos; triturar restos de materiais e entulhos de construção para reutilizá-los em construções simples.

Reciclar
Uma boa parte do que é jogado no seu lixo pode ser reciclada. A reciclagem evita que mais matérias-primas sejam retiradas da natureza. Vidros, latas (alumínio e aço), plásticos e papéis são exemplos de materiais que podem ser reciclados e utilizados na sua própria casa.
A reciclagem é parte do processo de reaproveitamento do lixo, protegendo o meio ambiente e a saúde da população. Para que haja uma otimização da reciclagem, é necessário trabalhar a comunidade com a coleta seletiva de lixo.  Participe das campanhas de coleta de lixo da sua empresa, do seu bairro, do seu condomínio.

Recusar
Um outro "r" que pode ser colocado na sua pauta cotidiana é o "r" de recusar. Recusar a consumir produtos que tenham gerado impactos ambientais significativos.
Saiba que reduzir, reutilizar, reciclar e recusar são atos de cidadania e de conscientização.

Gilberto da Silva
econotas@partes.com.br

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A pedagogia de saias curtas

Tudo o que presenciamos nos últimos dias envolvendo uma estudante de Turismo de uma universidade paulista por ter ido a aula de mini-saia, demonstra o grau em que se encontra o sistema educacional brasileiro. Triste sinal.


No caso paulista, a turba foi instalada. E instada para uma fúria taliban. Ação descordenada, intolerável e injustificada. Até babaca, diriam outros. Burca para todas? Nada justifica tal ação, nem com uma "p..." (a palavra mais ouvida nos vídeos sobre o episódio) como alguns gostariam de justificar. A hipocrisia perambulou pelo campus. E quase não quis sair. Nada de títulos e diplomas: o culto ao corpo é uma faca de dois gumes.... Momento de imbecilidade. “A atitude provocativa da aluna resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar" registrou o lamentável comunicado da instituição publicado nos jornais paulista. Um erro corrigido, mas não a tempo de evitar o estrago.


Como era de conhecimento da instituição, segundo a própria nota divulgada nos jornais, a escola deveria ter repreendida a aluna antes do episódio. Fosse o problema a postura da aluna a instituição, seus coordenadores, professores e administrativos já deveriam te-la chamado para uma advertência e posteriores ações disciplinares. Postura. Posturas... Postura que faltou a todos. Bastaria repreendê-la pelo traje... Talvez. E a advertência não basta (nem bastaria?) ser verbal...


A Sociedade do Espetáculo se dá desta forma possibilitando a algum ator trabalhar em cena... E os novos atores sempre entrando em cena... A imprensa não pensa que ela é coitadinha (como muitos preconizam), apenas explora as dimensões do fato. Na mídia a turba ganhou dimensão. Os celulares viraram arma. Se nada fosse gravado e levado ao mundo virtual o fato não passaria de um episódio localizado de intolerância e humilhação


A obrigação de uma universidade é estar presente em todos os momentos do processo educacional. É formar valores! E os nossos valores estão deturpados, violados. Todos os envolvidos na questão, antes de atirarem a primeira pedra, deveriam refletir sobre o papel da educação: tolerância, respeito, reciprocidade, limites, valores, cordialidade, bom senso e etiqueta. A pedagogia, no caso "taliban" foi pego de calças curtas.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

resenha: A formação da classe operária.

Resenha
Singer, Paul, 1932- A formação da classe operária. São Paulo, Atual, 1994 (Discutindo a História)

Paul Singer, economista, sociólogo, militante do PT (Partido dos Trabalhadores), aproveita seu passado de metalúrgico, nos anos 50, para escrever este pequeno livro sobre a formação da classe operária, da qual se considera pertencer.
Singer, autor de diversos livros sobre economia política, entende a classe operária enquanto ao conjunto de pessoas desprovidas de "propriedade ou de qualquer fonte de renda e que, por isso, são obrigados a usar a sua capacidade de trabalhar, isto é, a vender a sua força de trabalho para poder viver. São os trabalhadores assalariados."
Demarca as diferenças entre o proletariado e a pequena burguesia, que nem todo assalariado é proletário, pois existe os assalariados burgueses (chefes, grandes dirigentes, presidente de firmas etc), que nem todo operário seja pobre etc.
Retoma sintéticamente a formação histórica da classe operária desde a primeira forma histórica de produção capitalista, a manufatura, que conviveu não apenas com o artesanato.
Tendo como base a proletarização do campesinato, ou seja, os camponeses em várias situações distintas tornaram-se operárias, a formação da classe operária industrial apresentou características diferentes em vários países. Singer esboça em poucas linhas a trajetória, desde o último quartil do século XVIII, a Revolução Industrial (processo de industrialização que está até hoje em marcha no Terceiro Mundo). Foi uma série de mudanças tecnológicas econômicas e sociais, induzidas pela Revolução Industrial.
Paul Singer utiliza a metodologia de análise marxista para descrever o processo de revolução industrial, a passagem da manufatura para a produção industrial. Constitue-se o processo de substituição do homem pela máquina, que não foi pacífico e sim traumático, com muitas revoltas e movimentos contra a utilização das máquinas nas indústrias.
A Revolução Industrial propiciou do pointo de vista tecnológico a aplicação da energia do vapor a máquina e daí surgiu a fábrica, do ponto de vista econômico acarretou um aumento contínuo e incrivelmente rápido da produtividade do trabalho.
Do ponto de vista social a Revolução Industrial produziu a hegemonia capitalista na produção social e o seu produto histórico- o capitalismo industrial.
Em suma, o livro de Paulo Singer é um painel detalhado da história da formação da classe operária no mundo. Uma formação que de início difundiu-se a outros países, a internacionalizar.