sábado, 19 de fevereiro de 2011
Preciso de modernidade musical?
Tem momentos que o melhor a fazer é voltar-se para si. Pensar, refletir, até dormir um pouco mais. Assim nosso aprendizado melhora. Tenho ouvido muita musica das décadas de 1970, 1980 e 1990. Muita coisa boa, que o tempo ainda não destruiu. Que maravilha! Sambas, MPBs (ainda existe essa coisa?). Algumas pérolas são encontradas, outras nem tantas... Nem sei o que tem de novidade no cenário musical. E vou levando na cabeça rotações musicais de Chico, Paulinho da Viola, a mineirada toda (Milton, Guedes, Horta e cia.), os cearenses Ednardo, Amelinha, Belchior e Fagner. Os sambas de Monarco, Beth Carvalho, Alfaiate, Originais do Samba, Wilson Simonal, Agepe. No meio desse todo: Flora Purim, Baden Powell (que redescoberta Fenomenal!), Caetano - o sempre bom e polêmico com sua baianidade internacional. Egberto Gismonti entra com seus sons geniais. Edu Lobo, Diana Pequeno, Ruy Mauriti, Ivan Lins, Elis, Gal e Maria Bethania. Nara Leão (que suavidade nos meus ouvidos!), Jorge Ben e seu balanço insubstituível. E eu preciso de modernidade??????
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Náuseas euclidianas
"É difícil imaginar que os indivíduos e as sociedades que se regem pela busca do prazer, tanto ou ainda mais do que pela fuga à dor, consigam sobreviver"
Antônio R. Damásio in O Erro de Descartes.
As vezes sinto uma vontade enorme de vomitar. De espalhar por toda o ambiente aquela gosma tratada pelo digestivo. Algumas - as vezes muitas - coisas me aborrecem. Uma que me deixa doido é falta de ética, de pessoas que mandam textos para serem publicados no meu site descaradamente copiados de outros. Sinto náusea. Sinto uma dor enorme para estes espíritos vivaldinos, safadinhos e imorais. Não que eu deteste imoralidades. Mas as que engordam, eu vomito. Para estes peço aos espíritas que orem por suas almas e peço aos radicais que os levem ao "paredón"! Com meu comportamento humano, sempre preocupado em oferecer o melhor entrego a alma do infeliz para Emannuel e o corpo para Fidel.
Outra coisa que torra meu baixo ventre é a "Sindrome do Eterno Retorno ao Poder". Sensação de asco que senti ao ver aquele professor que outrora tomava as tribunas da associação paulista dos professores e vociferava seu marxismo estalinista, receber de bom tom e com toda felicidade o atual alcaide paulistano numa rua da cidade. Como as coisas mudam, não é Euclides? Sintomas da democracia...
Ainda regurgitando lembro de lambe botas de todas as estirpes. Como é bom o tempo passar. É por isso que desejo morrer o mais tarde possível! Assim tenho história para contar aos meus netos. Pode demorar, mas aos poucos eles vão conhecendo seus algozes...
Euclides, toma jeito! Você vai ficar falado, vai desfilar com gente nova, vai ganhar dinheiro... vai valer a pena? Euclides tú vai vender a alma, a mulher, a amante, os filhos tudo em nome de uma lealdade estranha. Euclides, vou ler uma oráculo do Baltazar Grácian para você:
"A consaguinidade não basta, nem a amizade, nem mesmo o mais forte senso de obrigação, pois dar a alguém o coração é muito diferente de dar-lhe a vontade. A união mais íntima admite excessão; nem por isso se ofendem as leis da cortesia. Não contamos todos os segredos a um amigo, e nem um filho revela tudo ao pai. De algumas coisas calamos com uns e falamos a outros e vice-versa, de modo que confessamos tudo e retemos tudo, dependendo do confidente."
Como viu, Euclides, apesar das náuseas deu tempo de ir buscar um filósofo cristão na prateleira. Outra coisa que detesto e vomito ao receber são piadinhas ridículas sobre o Lula, sobre o Serra, sobre o Kassab e sobre o Ronaldo Fenômeno e sobre a mulher do outro. o Outro é sempre o Outro depende do lado que você está. Portanto, a mulher de lá pode ser a mulher de cá. Sempre ali está presente um pouco de ressentimento, de ódio, de racismo, de preconceito.
Bem Euclides, seu xará já dizia que dados dois pontos, há um segmento de reta que os une; que um segmento de reta pode ser prolongado indefinidamente para construir uma reta; que dado um ponto qualquer e uma distância qualquer pode-se construir um círculo de centro naquele ponto e com raio igual à distância dada, mas na Política nem todos os ângulos retos são iguais. Há sempre uma curva no meio do caminho. Há sempre um ponto além de outro ponto e há sempre um círculo fora do raio.
Agora, que dei uma pausa no texto e tomei um "TUMS", rico em cálcio, posso respirar mais aliviado. Creio que sou ainda uma besta que vê tudo e ainda acredita nas pessoas. Não, preciso vomitar novamente e minha garganta nunca sara.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Cades Ipiranga
O Conselho de Desenvolvimento Sustentável, Meio Ambiente e Cultura de Paz (CADES) da região do Ipiranga está com novos membros da sociedade civil. Os eleitos vão trabalhar com propostas para defesa do Meio Ambiente. Além do Denival, temos os seguintes conselheiros civis: o sempre atuante Celso Henriques de Paula; a jovem ambientalista Rita Juliana de Oliveira; o comerciário Paulo Evaristo dos Santos Geraldo; a jornalista Maria Fátima Chueco Bonvino; o ex-supervisor de esportes Fernando de Jesus Ribeiro; a funcionária pública Marina de Paula Marcon Guidoni e o advogado Nelson da Silva Junior.
Asubprefeita Vitória Brasília de Souza Lima entregou em dezembro pessoalmente o diploma de posse e parabenizou a todos pelo desempenho eleitoral
Juntos com representantes de diversas secretarias municipais, os conselheiros civis compõe um fórum cujo objetivo é executar ações que contribuam para a melhoria da qualidade socioambiental da região e colaboram na formulação de políticas públicas para a proteção ambiental e na implantação de programas que fomentem a cultura de paz e a implementação da Agenda 21 Local.
Aprimeira reunião foi realizada no dia 26 de janeiro de 2011, e a segunda no dia 02 de fevereiro. As reuniões são mensais e aberta para toda a participação da população.
O Cades é um órgão consultivo e deliberativo, que integra sociedade civil e poder público, na busca de ações e atividades visando, entre outras atribuições, receber propostas e denúncias a serem encaminhadas dentro de questões relacionadas à preservação, conservação, defesa, recuperação e melhoria do meioambiente.
As próximas reuniões serão realizadas em março, dia 02; abril, 06; maio, 04; junho 01; julho, 06; agosto, 03; setembro,14; outubro, 05; novembro,09 e dezembro, 07. Sempre às quartas-feiras, das 19h00 as 21h00 na subprefeitura Ipiranga, Rua Lino Coutinho,444
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Enchentes e pequenas ações
Reciclagem
Existe uma estreita relação entre pobreza e degradação ambiental, e a sociedade precisa desenvolver estratégias e programas que auxiliem na erradicação e mitigação da pobreza. Com a maximização da reciclagem de material usado estaremos contribuindo para a redução indiscriminada da extração de matéria prima e diminuindo a devastação e degradação do ambiente. Assim como num processo educacional e pedagógico, devemos trabalhar para reduzir o volume de lixo produzido numa sociedade marcada pelo desperdício no dia a dia.
Enchentes
No processo de ocupação do solo urbano os interesses particulares sempre prevaleceram sobre os interesses públicos, com isto, ganhou a especulação e perdeu a população. À procura de lotes mais baratos os menos favorecidos ocuparam as margens dos córregos. As águas dos rios foram determinadas pala natureza e não pelas ações humanas, portanto cheia ou enchente é um fenômeno natural. Córrego não é o depositário final de entulhos!
Boas ações
Precisamos de mão na massa e boas ações. As escolas devem estar empenhadas na luta pela conservação e educação ambiental. Na busca da perfeita dimensão proporcionada pelas belas ações de conscientização de seus alunos e familiares sobre o Meio Ambiente. Preparar as futuras gerações para enfrentar o desafio ambiental é questão prioritária. Precisamos da esperança de um futuro melhor estampada nas novas gerações.
Piscinões
A ideia, que não é nova, existe desde a década de 20, quando o engenheiro Saturnino de Brito ao ter a compreensão da necessidade das bacias de contenção, chegou a propor dois grandes reservatórios no rio Tietê.
Autorresponsabilidade
O melhor caminho para minimizar o problema do lixo no futuro é promover a autorresponsabilidade. O conceito é tão coerente que parece absurdo não ser estabelecido como regra absoluta.
Por essa ideia, todas as empresas são obrigadas a assumir seus produtos até o final da existência dos mesmos.
econotas@partes.com
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Os tipos revolucionários
”O oprimido é condenado à resistir sob pena de ser pura e simplesmente esmagado”. Daniel Bensaid- Atualidade do Manifesto Comunista. Texto apresentado no Congresso Internacional dos 150 do Manifesto Comunista em Paris, 1998. tradução de João Machado Borges Neto. Cadernos Em Tempo, 310. outubro de 1999. São Paulo. Edições EmTempo.
Os tipos revolucionários
O Revolucionário Permanente. Ele nunca está contente. Sempre há uma revolução para fazer, para ser completada. Aqueles que impede estas ações revolucionárias são sempre denominados de reacionários, ou contras. Eles cantam o amanhã, mesmo após acordar com um sério desencanto. Não é preciso apenas mudar o mundo, é preciso mudar o Universo. É preciso muito e sempre e mais. É preciso interpretá-lo, reinventá-lo. Este tipo de revolucionário sempre denomina-se um emancipador nato. Para estes a revolução é sempre um processo de mudanças profundas, necessárias e absolutamente importantes.
O Revolucionário Permanente. Ele nunca está contente. Sempre há uma revolução para fazer, para ser completada. Aqueles que impede estas ações revolucionárias são sempre denominados de reacionários, ou contras. Eles cantam o amanhã, mesmo após acordar com um sério desencanto. Não é preciso apenas mudar o mundo, é preciso mudar o Universo. É preciso muito e sempre e mais. É preciso interpretá-lo, reinventá-lo. Este tipo de revolucionário sempre denomina-se um emancipador nato. Para estes a revolução é sempre um processo de mudanças profundas, necessárias e absolutamente importantes.
O consenso só é possível se seus pontos de vistas forem absolutamente aceitos. O futuro para estes sempre será melhor, mais acolhedor, mais humano. É sempre preciso explorar novos caminhos (entendendo como novo, o velho conceito que provavelmente ele carrega). Mudança sempre!
A repressão e suas características
Dentro do contexto de uma revolução um componente que requer um estudo mais apurado é a utilização da repressão. A repressão tem vários sentidos e pode ser analisado sob diversos pontos de vistas. Não existe apenas a repressão física, mas também a psicológica e a ideológica. Os movimentos repressivos são dirigidos por duas maneiras: a reação e a progressão. Esses dois mecanismos lembram muito o famoso Sistoles e Diástoles do general Golbery, teórico geopolítico do Governo Militar.
Uma reação pode ser repressiva se servir de antídoto radical aos processos evolutivos da função social; ela pode ser exercida para reagir às tendências humanas de tentar o REAL (entendido aqui como o IDEAL para o Outro). A repressão exercida pela reação é uma defesa dos valores morais, sociais ou culturais. È a preservação do EU, um movimento de conservação e defesa precedida de um ataque.
Já movimento de progressão é a repressão aos valores arcaicos, ao modelo antigo, às velhas ordens emanadas por um poder que teoricamente está em ruínas, ou em processo de deterioração. Progressivo é, para quem o exerce, a reestruturação na procura de uma ordem moderna, evolutiva. Neste caso, a repressão possui um claro sentido aniquilador do retorno de uma antiga ordem.
A repressão possui quatro tipos de “caráter”: o revolucionário, o progressivo, o conservador e o reacionário.
O Revolucionário é para quem o exerce, a quebra de velhas ordens num determinado momento social: o da revolução. Sua função é a de reprimir os ataques contra-revolucionários. Não devemos esquecer que todo caráter repressivo pode ser em nível de poder estatal ou poder individual, nas relações homem-mulher; pai-filho-mundo; religião-homem-mundo.
O caráter revolucionário da repressão é, para quem o exerce, o processo de mudança de uma estrutura, a virada de uma pirâmide, por isso, seja necessário reprimir os que ainda tentam subverter a nova ordem. A repressão é, nesse sentido, vista pelos revolucionários como uma necessidade, um mal que vem para o bem, uma medida certa para a total implantação dos seus novos valores.
Para os revolucionários é aniquilando os velhos valores que se pode tornar-se seguro da situação, “... pois esta tem sempre, como divisa de rebelião, a liberdade e os seus antigos costumes, os quais nem o transcurso do tempo nem os benefícios recebidos farão esquecer.” [i]
Os sandinistas utilizaram-se deste expediente de aumento de repressão na tentativa de aniquilar as forças contra-revolucionárias somozistas e dos índios miskitos.
Sob o ângulo da repressão homem-mundo, essa repressão revolucionária teria sentido se, por exemplo, as mulheres abolissem as velhas ordens morais aderindo à uma ordem, a uma nova ordem moral, sexual e rechaçar todos os velhos conceitos da tradição familiar submissa, do patriarcado.
A repressão revolucionária dá-se num determinado momento histórico, num período ainda desestabilizado onde novas ordens ainda não foram aceitas, acomodadas, onde ainda o perigo da iminente reação sobrevoa.
O Progressivo se dá no período em que há uma norma, uma ordem, em franco desenvolvimento, num momento em que ainda é preciso modernizar-se, progredir, ir à procura de uma nova situação. O caráter progressivo da repressão é baseado na persuasão e na aniquilação, sendo que na persuasão há a clara intenção da ideologia modernizadora, onde ela é exercida com o sentido de aniquilar as velhas hierarquias, os velhos sistemas e aperfeiçoar novas formas de manutenção da estrutura.
O caráter progressivo da repressão geralmente se dá num período pós-revolucionário onde é necessário aperfeiçoar novas formas de dominação, criar métodos mais eficazes de controle nesse sentido toda “reação” em contrário é anti-revolucionário, conservador ou reacionário.
Ao contrário do caráter revolucionário que ainda é portador de um conteúdo utópico, o progressista já atingiu “para si” a realidade: ele apenas realiza seu projeto. O repressor progressista ainda não chegou à “plenitude”, ainda busca a totalidade da sua eficácia e espera atingir a sua “finitude” (que pode ser inatingível). É o caso do jovem saindo de uma fase de contestação para outra de ações conscientizadoras. Um jovem partindo da simples agitação para a transformação progressiva da sua personalidade, não aceitando nem a revolução total de seus conceitos como a volta aos padrões que a família lhe engendrou.
Ao contrário do caráter revolucionário que ainda é portador de um conteúdo utópico, o progressista já atingiu “para si” a realidade: ele apenas realiza seu projeto. O repressor progressista ainda não chegou à “plenitude”, ainda busca a totalidade da sua eficácia e espera atingir a sua “finitude” (que pode ser inatingível). É o caso do jovem saindo de uma fase de contestação para outra de ações conscientizadoras. Um jovem partindo da simples agitação para a transformação progressiva da sua personalidade, não aceitando nem a revolução total de seus conceitos como a volta aos padrões que a família lhe engendrou.
A atitude repressiva é, nesse caso, sempre aplicada no sentido de favorecer o andamento de uma prova nova ordem criada. É exercida como atitude “construtura”.
O caráter Conservador utiliza a repressão como manutenção da situação vigente, reprimindo toda manifestação ao contrário e toda tentativa de mudança. Usa os instrumentos repressivos como arma de defesa dos valores por eles implantados. Utilizado-a como um bem para si e para os que seguem os mesmos valores.
O conservador sente-se sempre um íntegro, tradicionalista., moralista e evita de forma total qualquer tentativa de mudança. Partem de um pressuposto que vivendo numa estabilidade (a sociedade ou a sua individualidade) os que são estáveis (ou) os dominados a aceitar geralmente legítimo domínio vigente.
O conservador sente-se sempre um íntegro, tradicionalista., moralista e evita de forma total qualquer tentativa de mudança. Partem de um pressuposto que vivendo numa estabilidade (a sociedade ou a sua individualidade) os que são estáveis (ou) os dominados a aceitar geralmente legítimo domínio vigente.
A relação pais-filhos é sempre visto sob o ponto de vista conservador. O patriarcado age de acordo com os princípios da repressão conservadora na manutenção da ordem familiar. A igreja tradicional e ortodoxa agiu muitas vezes de acordo com os princípios do caráter repressivo conservador
O caráter reacionário é o que utiliza da repressão através de uma resposta a uma ação qualquer que tem interesse em provocar a ameaça a sua ordem. É tido como opositor a qualquer inovação nos valores. È tido como contrário a liberdade e age de acordo com os princípios arcaicos e ultrapassados. No seu modo de ver é preciso agir sempre contra qualquer ação evolutiva, revolucionária e ou modernizadora.
O reacionário não é um conservador, o caráter repressivo dessa maneira é dado em qualquer situação.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Estou Proibido
Hoje acordei proibido de sonhar qualquer tipo de proibição. Acordei proibido. Sonhei um sonho proibido, deste malandramente vedado.
Não posso mais falar o que penso e se penso sou interditado. Não sou branco, não sou negro, não sou pardo, não sou amarelo e tudo sou. Nem vou chamar meu velho pai de negão e nem meu irmão branco de brancão. Não vou nos melhores momentos chamar minha amada de qualquer tipo de animal que não seja a fêmea, mulher e amante. Estou vetado. Vetado para práticas ilícitas e para confusões.
Acordei proibido de pensar que posso ser diferente e ausente de tudo. Proibido de concordar com meus semelhantes e, sem dúvida, censurado para a realização de práticas discursivas com meus não-semelhantes.
Acordei vetado do ato de discordar.
Já não posso mais fumar minhas cigarrilhas cubanas e nem beber minha cachaça mineira. Não posso mais nem querer o lícito. Para aqueles livros proibidos outros censurados pela Justiça são juntados. Os bombeiros do Fahrenheit 451 vieram queimar todo tipo de material impresso e lá se foram meus livros, meus jornais velhos, meus papéis sujos, meus poemas riscados, meus sonhos safados. Nada de fogueiras das vaidades, nada de queima de liquidação, nada de leitura insurgente, de poemas sujos ou histórias de fracos, oprimidos e vencidos. Nada de datas comemorativas ilusórias de versos anárquicos ou malvados.
Na luta pelo direito de meus livros eu não poderia ser uma Joana D’Arc moderna e por outro lado pensei que os livros já não são mais necessário, basta a internet pensei...
Na luta pelo direito de meus livros eu não poderia ser uma Joana D’Arc moderna e por outro lado pensei que os livros já não são mais necessário, basta a internet pensei...
Ao ligar meu computador de cara fui avisado que meus twitter tinham sido apagados, minhas redes sociais canceladas e todo comentário deletado. Tentei ler um e-book e para minha já não mais surpresa só livros que não me interessavam repousavam pelas prateleiras virtuais. Os livros que ontem eu deveria ler já estavam fora da rede.
Programa de televisão já não assisto, então que fazer? Minha rede moderna de relações desmanchou no ar... Tudo que é sólido – não é Carlos Marques??
No fundo do baú achei uma raridade: um livro de memórias. Exclamei: estou salvo, livre! Ao manuseá-lo a decepção: páginas extraídas, desaparecidas como lapsos de memória.
Pensei em chorar minhas lágrimas secas e poluídas mas pedras ficaram.
Tentei lutar quixotescamente.(Feliz idade e feliz século aquele onde sairão à luz as minhas famosas façanhas, dignas de entalhar-se em bronzes, esculpidas em mármores e pintadas em telas para a memória do futuro - D.Quixote: II Capítulo).
Tentei lutar quixotescamente.(Feliz idade e feliz século aquele onde sairão à luz as minhas famosas façanhas, dignas de entalhar-se em bronzes, esculpidas em mármores e pintadas em telas para a memória do futuro - D.Quixote: II Capítulo).
Nada me resta a não ser dormir novamente e quem sabe cabraliamente teceremos manhãs?
“Tecendo a Manhã
Um galo sozinho não tece uma manhã:ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos...
João Cabral de Melo Neto”
cena de Fahrenheit 451
Talentos verdes e inovações tecnológicas
Talentos verdes
A Ministra Federal Alemã de Educação e Pesquisa, Professora Annette Schavan, premiou no dia 2 de novembro, dois jovens pesquisadores brasileiros pelo seu trabalho com o prêmio internacional de sustentabilidade “Green Talents - Fórum Internacional para Alunos de Grande Potencial no Desenvolvimento da Sustentabilidade 2010”. Segundo a ministra “o objetivo do concurso é desenvolver a cooperação internacional para que possamos em conjunto contribuir para soluções sustentáveis que combatam as alterações climáticas e protejam o meio-ambiente”.
A Ministra Federal Alemã de Educação e Pesquisa, Professora Annette Schavan, premiou no dia 2 de novembro, dois jovens pesquisadores brasileiros pelo seu trabalho com o prêmio internacional de sustentabilidade “Green Talents - Fórum Internacional para Alunos de Grande Potencial no Desenvolvimento da Sustentabilidade 2010”. Segundo a ministra “o objetivo do concurso é desenvolver a cooperação internacional para que possamos em conjunto contribuir para soluções sustentáveis que combatam as alterações climáticas e protejam o meio-ambiente”.
De um total de 234 jovens cientistas de 57 países dois brasileiros se destacaram. Janaína Accordi Junkes está atualmente fazendo o seu doutorado na Universidade Federal de Santa Catarina em Florianópolis e impressionou o júri com a sua pesquisa na utilização de resíduos industriais, como o lodo de estações de tratamento de água potável na fabricação de revestimentos cerâmicos. Daniela Morais Leme, estudante da Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Rio Claro, foi premiada pela sua pesquisa na área de poluição ambiental, por avaliação de águas de solos contaminados com biodiesel e suas misturas ao óleo diesel.
Inovações tecnológicas
Segundo o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho a necessidade das inovações tecnológicas promovidas pela indústria brasileira devem valorizar a sustentabilidade ambiental e esta “inovação deveria ter um viés pró-exportação e valorizar um ingrediente brasileiro diferenciado, que é a sustentabilidade. O Brasil tem matriz energética limpa, novas formas de energia e capacidade de desenvolver produtos com certificação verde, ambiental. Precisamos tirar proveito também de inovação com sustentabilidade ambiental e ter competência em comunicar isso para o mundo”, afirmou.
Para o presidente do BNDES “a inovação é necessária para a competitividade e aumento da presença do Brasil nos mercados globais em que temos vantagens”.
O líquido precioso
O Brasil detém 12% do total da água doce do planeta. É a maior reserva mundial.
O índice de perda total de água tratada e injetada nas redes de distribuição varia de 40% a 60% no Brasil. O motivo: tubulações antigas, os "gatos" (ligações clandestinas), vazamentos e desperdícios como o velho hábito de lavar carros e calçadas, banhos prolongados de chuveiros e descargas sanitárias antigas (liberam de 18 a 20 litros de água, enquanto que as modernas liberam 6 litros).
Há também o desperdício na agricultura (nos processos de irrigação) e nos centros urbanos o descaso com a poluição provocada por lixões, esgoto urbano etc.
Gestando consumidores conscientes
Desde que nascemos somos encarados como consumidores. Minto, desde que somos gerados. Somos ao longo da nossa jornada criados para consumir. A cidadania deve ser gerada com consciência.
Salvação
Salvar o planeta e a humanidade. Devemos juntar as respostas para necessidades sociais e aos danos ecológicos e transformá-las em políticas públicas. A combinação destas duas vertentes servirá para transformar a sociedade contemporânea. Reformas devem ser prioritariamente e simultaneamente sociais e ecológicas. Esta tarefa, porém, parece ser muito complexa nos círculos políticos e industriais. Mas há salvação.
Salvar o planeta e a humanidade. Devemos juntar as respostas para necessidades sociais e aos danos ecológicos e transformá-las em políticas públicas. A combinação destas duas vertentes servirá para transformar a sociedade contemporânea. Reformas devem ser prioritariamente e simultaneamente sociais e ecológicas. Esta tarefa, porém, parece ser muito complexa nos círculos políticos e industriais. Mas há salvação.
Gilberto da Silva
econotas@partes.com.br
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